Ucrânia diz que 50 morreram em ataque a estação ferroviária

Ucrânia diz que 50 morreram em ataque a estação ferroviária

Pelo menos 50 pessoas morreram e 100 ficaram feridas em um ataque a estação ferroviária no leste da Ucrânia, na cidade de Kramatorsk, nesta sexta-feira (8), enquanto civis tentavam fugir para partes mais seguras do país, informou uma nota da polícia local.

Enquanto autoridades locais acusam o exército russo do ataque, separatistas da República Popular de Donetsk (DPR) acusam as forças ucranianas do ataque a civis, citando os destroços do foguete Tochka-U no local como evidência. “Este sistema de mísseis soviético obsoleto não está em serviço com o DPR, LPR e a Federação Russa, sendo usado ativamente por militares ucranianos.”

A estação ferroviária de Kramatorsk tem sido um centro crucial para a evacuação de civis da região de Donbass. “O míssil atingiu uma sala de espera temporária, onde centenas de pessoas esperavam pelo trem de evacuação”, continua a nota da polícia, que também diz existirem crianças entre as vítimas.

“[Evacuações] estão acontecendo desde 26 de fevereiro, e os russos sabiam que milhares de pessoas estão lá todos os dias”, disse Tetiana Ihnatchenko, porta-voz da região administrativa de Donetsk. “Acredito que eles estavam contando com isso”.

A companhia ferroviária Ukrainian Railways também corroborou com a quantidade de 30 mortes e pelo menos 100 feridos. Segundo a empresa, dois foguetes russos atingiram a estação.

A Rússia, porém, negou os ataques. O Ministério da Defesa disse que o míssil era de um tipo usado apenas pelos militares ucranianos e semelhante ao que atingiu o centro da cidade de Donetsk em 14 de março, matando 17 pessoas, informou a agência de notícias estatal RIA.

Três trens que transportam refugiados foram bloqueados na mesma região da Ucrânia na quinta-feira (7) após um ataque aéreo na linha, de acordo com o chefe das companhia estatal.

Autoridades ucranianas dizem que as forças russas estão se reagrupando para uma nova ofensiva e que Moscou planeja tomar o máximo de território possível na parte leste da Ucrânia, na fronteira com a Rússia.

Fonte: CNN Brasil

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