Você sabe o que é Chester? Conheça a história da ave vendida há 40 anos no Natal no Brasil

Apesar de ser um dos clássicos nas ceias de Natal no Brasil, o Chester, que é uma marca registrada, não tem uma história tão conhecida. Para início de conversa, é preciso esclarecer que não se trata de uma ave modificada geneticamente, mas uma linhagem do frango comum (Gallus gallus domesticus). O nome Chester é de uso exclusivo da Perdigão, que pertence ao grupo BRF.Natal: diferença entre Chester, Fiesta, Peru e 7 carnes

Segundo Rafael Gonçalez, gerente executivo da Perdigão, a ave foi trazida da América do Norte para o Brasil há mais de 40 anos.

“Ela tem origem escocesa e foi trazida por nós dos Estados Unidos no fim da década de 1970. Poucos anos depois, a marca passou a comercializar a ave no país”, contou o executivo.

Ele explicou que 70% da carne do Chester ficam concentrados no peito e nas coxas, que são consideradas partes nobres. “Isso explica a origem do nome, uma vez que a palavra ‘chester’ vem do inglês ‘chest’, que significa peito. Como se pode imaginar, a empresa deu esse nome ao produto porque a ave possui uma grande concentração de carne na região do peito (tórax)”, afirmou Rafael Gonçalez.

Além disso, essa linhagem de frango maior que a espécie tradicional devido aos processos de aprimoramento realizados ao longo dos anos.

“A linhagem foi sendo melhorada ao longo do tempo, selecionando animais de maior desenvolvimento de peito e coxa. O Chester também apresenta menor teor de gordura e sabor mais suave na comparação com outras aves natalinas, como o peru”, contou o gerente executivo.

Outra curiosidade é que, mesmo sendo vendida apenas no Natal, o processo de produção da ave começa com muita antecedência.

“A produção do Chester tem início em março e se concentra na cidade de Mineiros, em Goiás. São milhões de unidades produzidas e consumidas a cada ano. Mas, por ser considerada uma questão estratégica, não falamos o número exato”, afirmou Rafael Gonçalez.

Outro ponto curioso sobre o Chester é que apenas os machos são abatidos, devido à composição corporal e proporção de peito e coxa.

“As fêmeas também são direcionadas ao campo, porém abatidas com menor peso e idades similares ao frango tradicional. Os animais que não atendem ao padrão de qualidade natalino são transformados em outros produtos como coxa e sobrecoxa, filé de peito e processados”, revelou o gerente.

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