Você já viu um chester? Saiba mais sobre essa ave

Você já viu um chester? Saiba mais sobre essa ave

O Chester é popular na ceia de Natal de muitos brasileiros, mas quase ninguém sabe ao certo a origem do animal antes de chegar à mesa. Por questões de mercado, a marca Perdigão costumava restringir bastante as informações disponíveis sobre “ele” e durante anos a empresa não divulgou nenhuma imagem.

Tudo isso fez com que surgissem diversos mitos sobre o Chester e alguns adjetivos atribuídos a ele na internet, são “transgênico”, “monstro”, “aberração” e dizem ainda que são “pseudo animais em tubos enormes cheios de líquidos semelhantes a placenta”, “bicho sem alma, sem coração e sem cabeça”.

Na verdade, o Chester é uma marca registrada e o animal realmente existe. Trata-se de um frango maior que o convencional, diferente do peru que também é uma ave só que de outra espécie.

O Chester entrou no mercado brasileiro em 1982, mas foi três anos antes que a Perdigão enviou dois técnicos aos Estados Unidos em busca de duas linhagens, uma de frango e outra de peru, segundo Armando João Dalla Costa, professor do Departamento de Economia da UFPR (Universidade Federal do Paraná), com o objetivo principal de disputar mercado com o peru da Sadia. Na época, as duas empresas eram concorrentes e hoje, ambas pertencem à BRF.

De acordo com a Perdigão, foram feitos vários cruzamentos entre frangos com algumas características específicas até chegarem a uma linhagem maior, com mais peito, por isso o Chester tem 70% da carne concentrada no peito e nas coxas, parte mais nobre do animal. Ainda segundo a fabricante, seu nome vem de “chest”, que significa peito em inglês.

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Um dos mitos em torno do Chester é o fato dele ser transgênico ou não. A Perdigão afirma que o animal não é transgênico, apenas foi criado por meio de melhoramento genético, que é quando se seleciona para cruzamento os animais com as características desejadas para que essas qualidades sejam passadas aos seus descendentes criando uma “versão melhorada” da mesma espécie.

É diferente do transgênico, quando a modificação no código genético precisa ser feita por meio de intervenção em laboratório.

De acordo com o pesquisador da Embrapa, Elsio Figueiredo, não são usados hormônios para o crescimento do Chester e nem de nenhuma outra ave, já que o uso de hormônios é proibido pelo Ministério da Agricultura desde 2004 e ainda segundo ele, “não tem sentindo”, pois o abatimento é feito antes das substâncias começarem a fazer efeito e tornaria a produção muito cara.

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