Uma mulher de 20 anos foi presa nesta terça-feira (21) após jogar uma panela com óleo fervente no rosto de um adolescente de 15 anos.
O caso aconteceu no bairro Nova Esperança, na Região Noroeste de Belo Horizonte, na última terça-feira (14). A autora do crime é tia da vítima. Eles moram no mesmo lote, mas em residências diferentes.
O garoto sofreu queimaduras no rosto e está internado em estado grave no Hospital João XXIII.
A tia alegou que o sobrinho havia roubado o seu carregador de celular, o que iniciou uma discussão. Familiares precisaram intervir, o que fez a mulher se afastar e retornar para sua casa.
Depois, ela entrou escondida na casa do sobrinho, enquanto ele estava preparando um frango frito na cozinha. Eles discutiram novamente, e a tia pegou a panela com óleo quente e jogou no rosto do adolescente.
Delegado fala sobre o caso
Diego Lopes, delegado de Polícia Civil da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), informou que a suspeita responderá pelo crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado, com motivo fútil e praticado contra menor de idade no ambiente familiar.
A pena para esse tipo de infração é de 12 a 20 anos, mas será aplicada uma redução porque a vítima sobreviveu.
“O motivo da discussão era fútil e muito pequeno, e a reação é extremamente desproporcional. Somado a isso, o quadro de saúde do adolescente por si só mostra que a intenção dela, no mínimo, em assumir a produção do resultado, é a busca da morte”, afirma Diego Lopes.
O delegado informa que a Polícia Civil ainda não conseguiu conversar com a vítima devido ao estado de saúde dela. “Segundo o contato que tivemos com os médicos, este tipo de lesão, além de causar sequelas, se ele conseguir sobreviver, gera, além da dos aspectos daquele momento, problemas com infecções, tanto hospitalar, quanto que possam ser desenvolvidas pelo adolescente”.
Ao ser interrogada pela PCMG, a suspeita afirmou estar arrependida, mas “não conseguiu explicar o porquê de uma reação tão violenta em uma situação que não era complicada de ser resolvida”.
Ao ser interrogada pela PCMG, a suspeita afirmou estar arrependida, mas “não conseguiu explicar o porquê de uma reação tão violenta em uma situação que não era complicada de ser resolvida”.
A autora já havia se envolvido em outras brigas com a família e possui outros registros policiais por episódios de violência.