Sistema CNA/Senar debate sobre segurança alimentar com representantes dos EUA
O Sistema CNA/Senar recebeu, na sexta (22), representantes da Universidade da Flórida e da Embaixada dos Estados Unidos para discutir a eficiência dos fertilizantes na segurança alimentar.
A reunião foi conduzida pelo coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA, Felipe Spaniol, e contou com a presença do professor da Universidade da Flórida, José Dubeux, do conselheiro agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Michael Conlon, e da assessora da Diretoria de Relações Internacional da CNA, Camila Sande.
Durante o encontro, Conlon destacou a relevância da agricultura brasileira no contexto mundial, os desafios dos dois países para a garantia da segurança alimentar e a importância do desenvolvimento de pesquisa e tecnologia para o campo. Ele também enfatizou o trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela CNA em prol do crescimento do agronegócio no Brasil.
Dubeux apresentou o projeto “Fertilize 4 life”, uma iniciativa do Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS) do USDA, da Embrapa, da Universidade da Flórida e do Conselho Internacional de Desenvolvimento de Fertilizantes (IFDC), que tem o objetivo de aumentar eficiência dos sistemas agrícolas.
O projeto tem quatro áreas temáticas: manejo de precisão, Big Data e Inteligência Artificial; produtos biológicos, biologia de solo e saúde do solo; novos produtos, incluindo fertilizantes e bioestimulantes; uso mais eficiente das fontes de nutrientes existentes.
Segundo Spaniol, a CNA tem atuado juntos aos produtores rurais brasileiros em todas as áreas abordadas no projeto. “Existe uma convergência no nosso trabalho com os quatro pilares apresentados com todos os projetos que já são desenvolvidos aqui pela casa, inclusive a vários anos” disse.
O coordenador de Inteligência e Defesa de Interesses da CNA também pontuou durante o encontro que, ao mesmo tempo que existem questões como o combate à fome e a garantia da segurança alimentar no mundo, há uma corrente internacional de ação de novas barreiras comerciais.
“Essas barreiras limitam ou impedem esse crescimento descumprindo regras nacionais e acordos multilaterais já estabelecidos. Esse é um conflito importantes que estamos enfrentando nesse momento e que também precisa ser discutido, assim como toda a cooperação técnica para o desenvolvimento de uma agricultura, cada vez mais sustentável”, afirmou Spaniol.
José Dubeux destacou a eficiência do agronegócio brasileiro. “A gente sabe que o Brasil tem feito seu dever de casa, tem uma área preservada que chega a 66% de todo o território, e que a gente sabe que os desmatamentos criminosos não representam a agricultura dos produtores brasileiros. Acho que aqui vale um grande trabalho na parte de comunicação, de mudar essa imagem que existe do Brasil lá fora”, enfatizou o professor da Universidade da Flórida.
Além da Diretoria de Relações Internacionais, estiveram presentes na reunião equipes técnicas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Instituto CNA.
O coordenador técnico de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, Rafael Diego Costa, falou sobre a atuação desenvolvida pelos mais de 7 mil técnicos de campos da ATeG, que trabalham no atendimento aos produtores rurais de todo o país. “Estamos levando a adoção de tecnologias e as práticas gerenciais para aumento de produtividade e geração de renda no campo. Estamos há 10 anos fazendo isso”, destacou.
O coordenador de Inteligência Estratégica do Instituto CNA, Diego Humberto de Oliveira, apresentou as iniciativas relacionadas à agropecuária digital em todos os seus níveis, desde a pesquisa, desenvolvimento e inovação, mas também inclusão.
Segundo Dubeux, o Brasil e os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de alimentos e existe um histórico de grande colaboração entre os dois países na área de pesquisa em agricultura, com estudos voltados para a redução da dependência de fertilizantes e aumento da eficiência do uso de nutrientes. “Uma experiência adquirida na cooperação poderá ser aplicada para outros países no intuito de fortalecer a segurança alimentar mundial”, explicou.
Felipe Spaniol encerrou a reunião afirmando que a CNA fará uma análise detalhada sobre o projeto apresentado, com apoio da Embrapa. “Vamos entender de que forma tudo isso pode ser convertido em novas ações do nosso Sistema e fomentar a cooperação mútua, como por exemplo entre a Universidade da Flórida e a Faculdade CNA”, disse.
Assessoria de Comunicação CNA