Prefeito de Betim renuncia ao salário pelo quinto ano consecutivo
O prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD), renunciou, pelo quinto ano consecutivo, ao vencimento a que ele teria direito de receber como chefe do Executivo municipal. O subsídio do prefeito (agente político) está fixado em R$ 21,538. Com isso, Vittorio não receberá seu vencimento mais uma vez. O decreto nº 42.408 foi publicado no “Órgão Oficial” dessa quinta-feira (7).
A medida de renunciar ao salário também já havia sido tomada no primeiro mandato. Ao assumir a prefeitura pela primeira vez, em janeiro de 2017, e encontrar uma situação financeira calamitosa, Vittorio anunciou várias medidas de austeridades para recuperar o município, dentre elas, o corte de cargos comissionados, enxugamento da máquina, revisão de contratos e deixar de receber o próprio salário.
Ao renunciar aos vencimentos, o prefeito gerou uma economia aos cofres públicos de cerca de R$ 1,119 milhão entre 2017 e 2020. Esse valor economizado é quase o equivalente ao investimento feito na construção das maioria das novas unidades básicas de saúde (UBSs), que custam cerca de R$ 1,2 milhão, como as dos bairro Teresópolis, Nova Baden e Novo Amazonas, entre outras. Já as unidades de saúde do Paulo Camilo e Vianópolis, por exemplo, custaram cerca de R$ 800 mil cada.
“Eu não peço ninguém para fazer isso (abrir mão do salário), mas minha condição de vida, na minha situação, me deixaria desconfortável receber salário para fazer alguma coisa que reputa a uma missão. É o quinto ano que faço isso, pois tem que ser feito anualmente. E eu abri mão não foi apenas do salário, mas de todo e qualquer tipo de indenização, como ajuda de custo. Eu pago a gasolina que uso, a minha alimentação, passagens, carro, tudo o que é gasto do meu gabinete é arcado por mim e não pelo município. É meu compromisso exercer com uma missão que Deus e o povo me deram”, afirmou.
Ao renunciar ao subsídio, o valor que seria gasto com o vencimento retorna diretamente aos cofres públicos, além também de não gerar gastos com outras despesas. “A renúncia resulta com que não haja outros encargos, como o previdenciário, e o valor é retornado para os cofres municipais”, completou. Fonte: O TEMPO