Ponte Nova: criminosos se fazem passar por policiais em redes sociais
Nos últimos meses, a Polícia Civil de Ponte Nova tem observado um aumento no número de golpes aplicados por meio de redes sociais, como WhatsApp, Telegram e outras plataformas de comunicação com emprego de perfis Falsos de policiais civis.
Criminosos têm se passado por policiais, alegando falsamente a existência de mandados de prisão contra as vítimas, em uma tentativa de extorquir dinheiro.
Os golpistas procuram as vítimas utilizando o WhatsApp, criando perfis com fotos de policiais conhecidos, como delegados ou investigadores. Eles utilizam o nome dessas autoridades para aplicar o golpe, simulando uma comunicação oficial. Acredite: “ninguém procurará um autor de crime pelo WhatsApp para comunicá-lo sobre uma prisão ou outro ato de investigação” diz o Delegado Regional de Ponte Nova Carlos Roberto Souza.
Modus Operandi do Golpe
Os golpistas entram em contato com as vítimas, utilizando perfis falsos que simulam serem de autoridades policiais. Em suas mensagens, afirmam que a pessoa está sendo acusada de crimes graves, como delitos de natureza sexual, e que há um mandado de prisão expedido contra ela. Para evitar a suposta prisão, os criminosos exigem o pagamento de uma indenização que será repassada à vítima do falso crime e o processo será arquivado.
O contato é feito de forma ameaçadora, buscando intimidar a vítima e induzi-la a acreditar na urgência da situação. Em muitos casos, os golpistas fornecem detalhes pessoais da vítima, obtidos ilegalmente, para dar mais credibilidade à fraude.
Esclarecimento das Autoridades
É importante ressaltar que as autoridades policiais não utilizam redes sociais, WhatsApp ou qualquer outro aplicativo de mensagens para intimar pessoas ou comunicar a existência de mandados de prisão. Todo procedimento oficial é realizado por meio de canais formais e apropriados, mesmo quando utilizada a Internet. Qualquer mensagem recebida fora destas circunstâncias é, portanto, uma tentativa de golpe.
Prevenção e Ações Recomendadas
As autoridades policiais alertam que este tipo de abordagem é uma fraude. Em hipótese alguma, policiais legítimos solicitam pagamentos via redes sociais ou por aplicativos de mensagem. Qualquer comunicado oficial de natureza judicial ou policial é feito de maneira formal prevista em Lei e não por meio de mensagens em aplicativos.
As pessoas que receberem esse tipo de mensagem devem:
Não realizar qualquer pagamento: Sob nenhuma circunstância deve-se realizar transferências ou pagamentos a desconhecidos que alegam ser autoridades.
Não fornecer informações pessoais: Evitar fornecer qualquer dado adicional que possa ser utilizado pelos golpistas.
Procurar a polícia: É fundamental que a vítima se dirija a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência. A denúncia é essencial para que as autoridades possam investigar e identificar os criminosos.
Informar conhecidos: Alertar amigos e familiares sobre a existência desse golpe, prevenindo que mais pessoas sejam vítimas.
Tomar medidas preventivas online: Evitar acessar sites de chat online ou páginas com conteúdos maliciosos, como aqueles de natureza sexual ou de fontes duvidosas. Além disso, é crucial manter os dados pessoais protegidos, configurando as redes sociais para limitar a visibilidade das informações e evitando que seus dados fiquem públicos em pesquisas no Google, por exemplo.
Conclusão
A proliferação de golpes nas redes sociais exige uma postura cautelosa e vigilante por parte dos usuários. A comunicação rápida e informal proporcionada por essas plataformas facilita a ação de criminosos, que se aproveitam da vulnerabilidade e do desconhecimento das vítimas. A colaboração com as autoridades e a disseminação de informações sobre esses golpes são essenciais para a prevenção e repressão dessas atividades ilícitas.
A Polícia Civil de Minas Gerais continua trabalhando arduamente para identificar e prender os responsáveis por esses golpes, mas a participação da sociedade, por meio da denúncia e da conscientização, é indispensável para combater essa crescente ameaça.