Os números que falam um pouco mais do Brasileirão

Neste sábado começa o Brasileirão, tido como o campeonato nacional mais difícil do mundo. Sim, o mais difícil: elencos nivelados, cobranças grandes por resultado, falta de tempo para trabalhar, janela europeia desmontando elencos…uma série de fatores que faz do Brasileirão uma liga extremamente disputada, com o 20º colocado tendo chances de vencer o 1º, algo que não acontece em outros campeonatos.
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por Leonardo Miranda
Prever resultados dentro desse cenário não é fácil. Avaliar o que é preciso para ser campeão brasileiro, se classificar para o G6 e fugir do rebaixamento passa por uma análise fria dos dados, contextualizando cada jogo. Trazemos aqui alguns dados que se repetem ao longo dos anos, fomentando uma pequena “prévia” de como o Brasileirão funciona:
Performance dos Campeões Estaduais no Campeonato Brasileiro
– Cada ano se consolida a estatística de que o Campeão Estadual tem pouca probabilidade de ser Campeão Brasileiro no mesmo ano. Apenas em 3 anos nos últimos 11 anos o campeão brasileiro foi campeão estadual: Flamengo 2009 / Fluminense 2012 / Cruzeiro 2014.
– A média histórica é de 2 campeões estaduais se classificarem para a Libertadores. Como teremos G6 em 2017, talvez a média possa aumentar.
Rebaixamento – Z4
– Nos últimos 6 anos, para não ser rebaixado, os times conseguiram em média 11V/ 11E/ 16D / 40 GP/ 49 GC / SG – 9.
– A média histórica para não ser rebaixado é de 43 pontos (38% de aproveitamento).
Somente em 2006 e em 2014 o 17º ficou abaixo de 40 pontos (Ponte Preta 39 pontos em 2006 e o Vitória 38 pontos em 2014).
Zona de Libertadores – G6
– Com a alteração da Conmebol referente ao aumento do número de participantes brasileiros na Libertadores, o sexto colocado em 2016 (Atlético Paranaense) teve 50% de aproveitamento com 57 pontos.
– Baseado na campanha do sexto colocado em 2016 iremos considerar a campanha de 17V/ 6D/ 15D/ 38GP/ 32GC/ SG 6.
– Provavelmente a disputa pelo sexto lugar em 2017 seja mais acirrada, e o aproveitamento deve ser mais alto do que em 2016.
Campeão Brasileiro
– Em média a campanha do campeão brasileiro é 23V/ 7E/ 8D /62 GP / 34 GC/ SG 28 (76 pontos, aproveitamento de 66.6%).
– Apenas em 2009 o campeão (Flamengo, 67 pontos) foi campeão com menos 70 pontos.
– Em 4 anos (2006, 2014, 2015,2016) o campeão teve o melhor ataque e a melhor defesa
– Em 4 anos (2007, 2010, 2011, 2012) o campeão teve a melhor defesa.
– Em apenas 1 ano (2013) o campeão teve o melhor ataque.
– Em 2 anos (2008 e 2009) o campeão não teve nem o melhor ataque nem a melhor defesa.
– Nos últimos quatro anos em média o campeão consegue 14 vitórias como mandante e 9 vitórias como visitante. Em termos de derrotas, o campeão perde 2 jogos como mandante e 4 jogos como visitante.
De 9 em 9 jogos, dividindo o campeonato em 4, avaliaremos esses números para tentar desvendar, junto com o desempenho, o que vem levando equipes a disputarem o que disputam. Afinal, pode ser que não é naquele jogo perdido em casa que a classificação escapou, mas sim na lesão de um jogador fundamental para o sistema de jogo. Os números do jogo dificilmente não se comprovam na prática e estão baseados nos dados estatísticos levantados anualmente.

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