Nicolás Maduro vota em eleição presidencial e diz que reconhecerá resultado
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que tenta se reeleger para um terceiro mandato, votou na manhã deste domingo (28), logo após a abertura das urnas, no Forte Tiuna, a maior instalação militar venezuelana, na capital Caracas. Em seguida, disse que a campanha presidencial na Venezuela foi livre e aberta, apesar das críticas internacionais de perseguição de opositores do líder bolivariano.
“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro a repórteres, após deixar o local de votação. Por sua vez, ele convocou os outros nove candidatos “que respeitem, façam cumprir e declarem publicamente que respeitarão o boletim oficial” emitido por autoridades eleitorais.
Maduro havia dito há alguns dias que a Venezuela poderia enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja reconduzido ao cargo. “Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, afirmou, em 17 de julho.
Nas últimas pesquisas de opinião, Maduro está atrás por mais de trinta pontos percentuais. A jornalistas, Maduro prometeu reconhecer “o que quer que seja que os juízes eleitorais digam. Não apenas reconhecerei, como defenderei o resultado”.
Edmundo Gonzalez, o candidato da oposição, é um ex-diplomata de 74 anos conhecido pela sua atitude calma.
Gonzalez obteve o apoio até de alguns antigos apoiadores do partido no poder, mas a oposição e os observadores questionaram se a votação será justa, dizendo que as decisões das autoridades eleitorais e as detenções de funcionários da oposição têm como objetivo criar obstáculos.
Maduro — cuja reeleição em 2018 é considerada fraudulenta pelos Estados Unidos, entre outros — disse que o país tem o sistema eleitoral mais transparente do mundo e alertou para um “banho de sangue” caso perdesse.
O governo de Maduro foi marcado pelo colapso econômico e pela migração de cerca de um terço da população. Também houve uma acentuada deterioração nas relações diplomáticas, coroada por sanções impostas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e outros, que paralisaram uma indústria petrolífera já em dificuldades.
Maduro disse que garantirá a paz e o crescimento econômico, tornando a Venezuela menos dependente dos rendimentos do petróleo.
*Com informações de CNN*