Motorista frustrou atentado terrorista no DF ao fazer checklist em caminhão
A bomba colocada em um caminhão-tanque que estava a caminho do Aeroporto de Brasília foi desativada graças à ação de um caminhoneiro. Em depoimento à Polícia Civil, ele contou os passos que permitiram a desativação e desencadearam na prisão de um bolsonarista fortemente armado.
O caminhoneiro transportava querosene de aviação. Na manhã de sábado (24/12), por volta das 5h, ele disse que estava fazendo um “checklist” do trabalho antes de descarregar o combustível no posto do aeroporto. Nesse momento, viu uma caixa de papelão estranha apoiada no último eixo, do lado esquerdo do caminhão.
No depoimento, o motorista disse ter achado que alguém tivesse esquecido aquele objeto ali, então, resolveu verificá-lo para saber do que se tratava. Ao abri-lo, ele contou ter se deparado com “duas ‘bananas’, uma antena e um detonador com luzes piscando”.
O artefato tinha um acionador envolvido por fios, que, quando ligado, poderia causar explosão. Com medo de uma explosão, o caminhoneiro relatou ter colocado a caixa “vagarosamente” no chão e tirado o caminhão de perto, deixando cerca de 500 metros à frente.
Depois, ele descarregou o caminhão no posto e informou aos operadores do Aeroporto sobre a bomba. A investigação apontou que o artefato deve ter sido colocado no caminhão entre 22h de sexta-feira (23/12) e 5h de sábado.
Ligação com QG
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu o suspeito de armar a bomba próximo ao Aeroporto de Brasília no mesmo dia. O acusado, o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, tem vínculo com o acampamento contra a eleição de Lula (PT) montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
O delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, confirmou que o empresário preso saiu do Pará, rumo a Brasília, para participar do movimento que questiona o resultado das eleições.