Migração de rádios AM para FM amplia oferta de empregos
O governo federal realizou mais um mutirão de migração de rádios AM para FM. Durante evento nessa segunda-feira (24), em Campo Grande (MS), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse que a medida contribui para ampliar a oferta de empregos e investimentos, além de modernizar o setor de radiodifusão no País.
Esse é o oitavo mutirão de migração realizado pelo governo federal. No evento, 36 emissoras de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul assinaram os termos aditivos de adaptação das outorgas.
“Essa iniciativa tem como resultado imediato a diminuição do custeio das rádios. Com isso, podem contratar mais pessoas e pagar melhor seus funcionários e investir em qualidade, levando mais notícias atualizadas e entretenimento à população”, afirmou Kassab.
O presidente da Associação de Emissoras de Radiodifusão do Mato Grosso Sul (Aerms), Rosário Neto, concorda que a migração abre novas oportunidades de emprego para a região. “Acreditamos que, aqui no Mato Grosso do Sul, aproximadamente 600 empregos serão gerados”, estimou.
O mutirão do MCTIC já foi a Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, São Paulo e Paraíba. Das quase 1,8 mil rádios AM do País, quase 1,5 mil solicitaram a migração.
“A migração é apenas uma dentre muitas iniciativas para desburocratizar, modernizar e facilitar a vida dos cidadãos. Em breve teremos o desligamento do sinal de TV analógico e vamos abrir o caminho para mais qualidade na operação da telefonia celular”, garantiu o ministro.
Mutirões de migração
Nos mutirões do MCTIC, responsáveis pelas emissoras assinam termos aditivos de adaptação das outorgas, um dos últimos passos do processo. Depois disso, as rádios devem apresentar um projeto técnico de instalação da FM à Secretaria de Radiodifusão e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a autorização de uso da frequência. A partir da liberação, os veículos já podem começar a transmitir a programação na nova faixa.
A mudança é uma reivindicação das emissoras AM de todo o País, que sofrem com a perda de qualidade do sinal, de audiência e de faturamento. Ao migrar para FM, as rádios também podem ser sintonizadas em dispositivos móveis, como tablets e smartphones, o que garante a continuidade e a modernização do serviço.
Nessa primeira etapa, cerca de 960 emissoras poderão operar na faixa atual de FM, de 88 Mega-hertz (MHz) a 108 MHz. As demais candidatas terão de esperar a conclusão do processo de digitalização da TV, responsável por liberar espaço para todas as rádios que desejem fazer a mudança.