Lula e Odebrecht depõem nesta terça como testemunhas de Cunha e Funaro

A ação penal que trata de irregularidades no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal, terá dois depoimentos decisivos nesta terça-feira (4/7). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Marcelo Odebrecht vão depor por videoconferência ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Justiça Federal de Brasília.
Entre os réus acusados de agir para receber vantagens indevidas do FI-FGTS estão o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro, o ex-ministro Henrique Alves, o empresário Alexandre Margotto, e o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, que delatou o esquema.
Lula foi apontado como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Já Odebrecht é testemunha de Lúcio Funaro.
Cunha está preso desde outubro em Curitiba. Henrique Alves está detido desde o começo do mês passado em Natal. Funaro foi levado para a prisão em Brasília em julho do ano passado. Cleto e Margotto firmaram acordo de delação premiada e estão colaborando com a Justiça.

Desdobramento da Lava Jato
A Operação Sépsis foi deflagrada com base na delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto. Ele revelou detalhes da parceria de Eduardo Cunha e Funaro em operações do FI-FGTS entre 2011 e 2015.
O delator contou que semanalmente reunia-se com Eduardo Cunha, inclusive na residência oficial da Presidência da Câmara. Nesses encontros, Cleto submetia ao peemedebista projetos de empresas que pediam financiamento do FI-FGTS. Cunha, segundo o delator, decidia quais operações deveriam ser autorizadas pelo colegiado do FI-FGTS. Ainda segundo Fábio Cleto, o “operador” Funaro se encarregava de procurar as empresas.
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