Leila Pereira, do Palmeiras, empresta seu avião para levar 2,5 toneladas de alimentos ao RS

Leila Pereira, do Palmeiras, empresta seu avião para levar 2,5 toneladas de alimentos ao RS

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, decidiu colocar seu avião à disposição para levar doações ao Rio Grande do Sul, que passa pela maior catástrofe climática de sua história. A empresária vai disponibilizar a aeronave que comprou no ano passado para uso dos atletas e comissão técnica. No sábado, a aeronave vai levar cerca de 2,5 toneladas de alimentos e produtos de necessidade básica para o Estado.

A aeronave de sua empresa Placar Linhas Aéreas, que saiu da manutenção recentemente e não foi usada pelo elenco do Palmeiras ainda neste ano, sairá de Congonhas e provavelmente vai pousar em Canoas, já que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado pelos efeitos devastadores das enchentes que assolam o Estado.

Segundo o Palmeiras, todas as doações recebidas no jogo de domingo, contra o Athletico-PR, em Barueri, bem como nos postos de coleta colocados no Allianz Parque, nos centros de treinamento do clube, nas lojas Palmeiras Store e nas escolas de futebol, serão levadas a cidades gaúchas no avião que pertence a Leila Pereira.

Os atletas jogarão com um QR Code na camisa na partida desta quinta-feira, contra o Liverpool, em Montevidéu, no Uruguai, pela Libertadores. As doações por meio desse código serão destinadas à ONG “Ação da Cidadania”.

O Palmeiras também afirmou que toda a renda líquida que ganhará no duelo com o Athletico-PR será destinada às vítimas das chuvas. O clube foi um dos que pôs à disposição sua estrutura para os times gaúchos retomarem suas atividades quando for possível.

Grêmio, Inter e Juventude agradeceram a gentileza, mas negaram deixar o Estado neste momento para treinar e jogar. O trio quer que o Brasileirão seja paralisado, mas a ideia foi rejeitada pela CBF, que decidiu pelo adiamento dos jogos das três equipes por um período de 20 dias.

O desastre ambiental e a crise humanitária seguem em curso no Rio Grande do Sul, com quase 1,5 milhão de afetados e aumento do número de municípios atingidos dia a dia, com 425 das 497 cidades gaúchas impactadas. Ao menos 164,5 mil gaúchos estão desalojados.

A sucessão de chuvas extremas, deslizamentos, vendavais e enchentes bloquearam centenas de vias, rodovias, pontes e acessos diversos pelo Estado. Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 107 pessoas morreram e pelo menos 136 estão desaparecidas no Estado.

A destruição deixou municípios praticamente inteiros debaixo d’água. Onde as cheias baixaram, a devastação começa a ficar ainda mais evidente, como no Vale do Taquari, porém há previsão de novos temporais e repique nas cheias a partir desta sexta-feira. Grande parte dos municípios vivem crise no abastecimento de água, energia e mantimentos.

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