Irã lançou mais de 200 drones e mísseis contra Israel, diz oficial israelense
O Irã lançou, neste sábado (13/04), mais de cem drones em direção a Israel, afirmou um oficial militar israelense, que alertou que mais “ondas de drones” podem vir da República Islâmica.
“Esta noite identificamos mais de cem drones lançados contra Israel pelo Irã”, disse o oficial. “Prevemos que os drones chegarão nas próximas horas e é possível que vejamos mais ondas de drones à medida que o tempo passa”, acrescentou.
Os rebeldes huthis do Iêmen, muçulmanos xiitas, lançaram drones contra Israel em coordenação com o Irã, segundo a empresa de segurança Ambrey, afirmando que os projéteis estariam programados para atingir Israel simultaneamente.
“Os huthis lançaram drones contra Israel. Os drones foram lançados em coordenação com o Irã”, disse a empresa. “Os portos israelenses são considerados alvos potenciais”, acrescentou, e também alertou para o risco de “danos colaterais” a navios.
Entenda o contexto do lançamento de drones do Irã
A televisão estatal iraniana anunciou na madrugada de domingo (noite de sábado, no Brasil) que os Guardiães da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, lançaram um ataque com “drones e mísseis” contra Israel.
“Em resposta aos numerosos crimes cometidos pelo regime sionista, incluindo o ataque à seção consular da embaixada da República Islâmica do Irã em Damasco e o martírio de um grupo de comandantes e assessores militares de nosso país na Síria, a força aérea da Força Aeroespacial do Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica disparou dezenas de mísseis e drones contra alvos específicos dentro dos territórios ocupados”, afirmou o canal estatal, citando o departamento de relações públicas dos Guardiães.
A operação, chamada de “Promessa Honesta”, foi “lançada com a aprovação do Conselho Superior de Segurança Nacional e sob a supervisão do Estado-Maior Geral das Forças Armadas”, declarou a televisão, indicando que os detalhes seriam em breve “divulgados ao heroico povo iraniano e aos combatentes da liberdade de todo o mundo”.
Minutos após o início da operação, a conta na rede social X do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, voltou a publicar uma mensagem afirmando que “o regime diabólico será punido”.
Em 3 de abril, o aiatolá declarou que Israel receberia “uma bofetada” após o bombardeio, atribuído pelo Irã ao Estado hebreu, contra o consulado iraniano em Damasco, no qual foram mortos dois dias antes sete membros dos Guardiães da Revolução, incluindo dois generais da Força Quds, seu braço de operações externas
(AFP)