Impasse na Justiça adia reunião de clubes e Ferj por Maracanã

Cinco meses após os Jogos Olímpicos do Rio-2016, Maracanã tem sinais de abandono
A reunião entre a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) e os clubes da série A do Campeonato Carioca sobre o estado do Maracanã, marcada para a sede da Federação, nesta terça-feira (17), foi adiada. O encontro foi remarcado para a próxima segunda (23).
A pouco mais de 10 dias do início da Taça Guanabara, a Ferj havia convocado os clubes para conversar sobre o imbróglio em que se transformou a gestão do Maracanã, mas a reunião foi postergada devido à decisão liminar da Justiça do Rio de Janeiro que obrigou a Concessionária Maracanã S.A., liderada pela construtora Odebrecht, a reassumir a administração do estádio.
Uma vez que a Federação havia aberto diálogo com os clubes para tentar uma solução junto ao Governo do Rio de Janeiro, a liminar judicial gerou um novo impasse, porque a Odebrecht se recusa a retomar o controle do Maracanã argumentando não ter recebido o estádio nas condições que entregou ao Comitê Rio-2016 antes dos Jogos Olímpicos do Rio.

Pedido à Odebrecht

Agora, além de remarcar o encontro com os clubes, a Federação entregará um pedido – através de ofício – à Odebrecht para entrar no Maracanã e verificar a real situação do local. A mesmo solicitação já havia sido feita ao Governo do Rio de Janeiro na última semana, quando ainda não havia decisão judicial.
O presidente Rubens Lopes sentou com o governador Luiz Fernando Pezão e recebeu sinalização positiva, mas o impasse impediu tal visita. A ideia é calcular os custos para reabrir o estádio nos jogos finais do Campeonato Carioca.
“A partir disso saberemos a real viabilidade. E então vamos conversar com clubes, parceiros e empresas que trabalham lá dentro. Não sabemos se é R$ 200 mil, R$ 500 mil, R$ 1 milhão ou R$ 5 milhões. Temos que ver”, explicou o presidente da Ferj, Rubens Lopes.
Diante do impasse entre Odebrecht e o Comitê Rio-2016 após os Jogos Olímpicos, o Maracanã apresenta dezenas de sinais de abandonos. Ao mesmo tempo que não esconde a intenção de devolver o estádio para o Governo do Rio de Janeiro, a Odebrecht culpa a Rio-2016 pelo descuido no local. Segundo a empreiteira, o Comitê não cumpriu as cláusulas de manutenção para devolver o equipamento.
uol.com.br
 

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