Identificada fazenda que teria mantido trabalhadores em más condições de moradia e alimentação
Os trabalhadores que denunciaram suposta condição semelhante à escrava em uma lavoura de café da região já retornaram para suas casas, na Bahia. O grupo gravou um vídeo para as redes sociais dizendo estar sendo explorado nesta propriedade, onde estaria faltando até alimentação.
O delegado de Ipanema, Alfredo Serrano, verificou que a fazenda, de fato, não se localizava em Ipanema, como afirmavam os trabalhadores. A propriedade se situa no distrito de Penha do Côco, na cidade de Chalé.
O proprietário já foi ouvido e negou a acusação. Afirmou que foram providenciados alimentação e local adequados para alojamento. Os trabalhadores, na versão dele, não teriam se adequado à tipologia da região, uma lavoura em aclive, e não estariam satisfeitos com o intermediário que providenciou os serviços. Este intermediário não teria repassado de fato a realidade do trabalho a ser prestado, tanto pela quantidade, quanto pela dificuldade de execução.
Segundo o proprietário rural que recebeu a mão de obra, devido à insatisfação demonstrada pelos contratados, foi providenciado imediato retorno aos respectivos lares com os pagamentos devidos pelos serviços até então prestados.
Em diligência ao local, não foi constatado, inicialmente, pela equipe de policiais civis, indícios da conduta delitiva conforme denúncia formulada em redes sociais. Todavia, as investigações terão continuidade para a verificação de eventuais práticas criminosas semelhantes, visando impedir e prevenir possíveis atividades típicas de trabalho escravo no período da colheita de café na região.