O Hamas libertou os últimos 20 reféns israelenses vivos, informou nesta segunda-feira (13) a imprensa de Israel, que citou um funcionário de alto escalão do governo do país.
As autoridades israelenses haviam anunciado antes das 10h (4h de Brasília) o retorno de um primeiro grupo de sete reféns vivos. Segundo a televisão israelense, os 13 reféns restantes já foram entregues à Cruz Vermelha e em breve estarão com o Exército de Israel.
Os 20 libertados foram sequestrados pelos integrantes do grupo islamista no ataque surpresa de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que desencadeou a guerra em Gaza.
O exército israelense informou que os primeiros reféns chegaram à instalação militar de Re’im, onde passarão por uma avaliação médica inicial e se reunirão com suas famílias. Os reféns são acompanhados por profissionais da Diretoria de Recursos Humanos das IDF (Forças de Defesa de Israel) e por equipes médicas das IDF no ponto de recepção no sul de Israel, informou o comunicado.
Mortos
Os corpos de 26 reféns que foram declarados mortos continuam em Gaza e devem ser libertados em breve. Há dois reféns adicionais cujo status é incerto. O governo israelense já havia declarado haver “graves preocupações” sobre seus destinos.
Cessar-fogo
Como parte do cessar-fogo, quase dois mil prisioneiros e detidos palestinos devem chegar nesta segunda-feira (13) ao Hospital Nasser em Khan Younis, na Faixa de Gaza. As famílias dos prisioneiros e detidos libertados — 1,7 mil deles que estão detidos sem acusação desde a prisão em Gaza, em 7 de outubro de 2023 — aguardam para encontrar seus entes queridos.
Ônibus e carros da Cruz Vermelha em Gaza partiram da área de recepção em Khan Younis em direção à fronteira israelense para receber os prisioneiros e detidos.
Veja lista:
- Rom Braslavski (21 anos): Trabalhava como segurança no festival Nova, na floresta de Be’eri, de onde foi sequestrado. Em um vídeo divulgado pela Jihad Islâmica em agosto, ele aparecia extremamente debilitado e chorando, alegando não conseguir ficar em pé devido aos ferimentos.
- Evyatar David (24 anos): Em vídeo divulgado há dois meses, ele apareceu cavando a própria cova dentro de um túnel, visivelmente desnutrido e sob coação.
- Omri Miran (48 anos): Cidadão húngaro-israelense, foi capturado no kibutz Nahal Oz. Durante o ataque, os milicianos do Hamas mantiveram sua família – incluindo as filhas pequenas – como reféns e transmitiram o terror ao vivo. O pai de outra família levada com Miran, Tsachi Idan, foi morto no cativeiro.
- Alon Ohel (23 anos): Pianista com cidadania alemã e sérvia, foi ferido por um estilhaço no olho e capturado em um abrigo antiaéreo.
- Os Gêmeos Gali e Ziv Berman (28 anos): Foram retirados de suas casas no kibutz Kfar Aza, na fronteira com Gaza.
- Casos com Libertações Anteriores:
- Ariel Cunio (28 anos): Argentino-israelense levado do kibutz Nir Oz. Sua namorada, Arbel Yehoud, foi libertada em janeiro de 2024.
- David Cunio (33 anos): Irmão de Ariel, foi capturado com a esposa Sharon e seus gêmeos de três anos (libertados em novembro de 2023).
- Outros civis: A lista do festival Nova ainda inclui Elkana Bohbot (36), Guy Gilboa-Dalal (24), Segev Kalfon (26), Bar Kupershtein (23), Eitan Mor (25), Yosef-Chaim Ohana (24), Maxim Herkin (37), Avinatan Or (32) — cuja namorada, Noa Argamani, foi resgatada em junho de 2024 —, Eitan Horn (38) e Matan Zangauker (25).
Soldados
Entre os militares, as famílias aguardam a libertação de dois jovens que são considerados vivos:
- Matan Angrest (22 anos): Foi atacado e retirado de um veículo blindado no sul de Israel na manhã do massacre.
- Nimrod Cohen (21 anos): Foi sequestrado de um tanque perto da base de Nahal Oz, onde estava estacionado.
A família do soldado Tamir N. também mantém a esperança pela sua libertação.
Com CNN e AFP