Grupo de cafeicultores movimenta mais de R$11,1 milhões em São João do Manhuaçu

Grupo de cafeicultores movimenta mais de R$11,1 milhões em São João do Manhuaçu

Trinta produtores participantes do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte, do Sistema Faemg Senar, em São João do Manhuaçu movimentaram mais de de R$ 11,1 milhões de reais na safra 2023/2024 com a produção e venda de quase 9 mil sacas de café.

O valor expressivo foi celebrado pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do município, Felipe Alves.

“O investimento em assistência técnica não era uma realidade na nossa região, mas com o ATeG Café+Forte estamos conseguindo quebrar essa barreira com os produtores e mostrar que esse acompanhamento ajuda muito. Para nós é uma alegria ver esses resultados”.

O presidente acrescentou ainda que o programa tem sido de grande valia para vencer desafios como as alterações do clima e para fortalecer a economia do município.

“Os dois grupos de ATeG Café+Forte que temos somaram mais de R$20 milhões de renda bruta nessa safra, o que mostra a importância que 60 produtores têm dentro dessa cadeia produtiva e do desenvolvimento da cidade, já que o orçamento anual do município é de cerca de R$80 milhões”, comentou.

Conquistas diárias

A supervisora do programa ATeG Café+Forte, Míriam Grossi destacou que os resultados do grupo são frutos de pequenas mudanças no dia a dia da propriedade que fazem grande diferença na qualidade e na produtividade.

Nesta safra a produção média do grupo foi de 30,7 sacas por hectare, valor maior que o registrado nas últimas duas safras.

“O manejo certo, mudanças nas variedades e no espaçamento das plantas impactam no custo de produção e, com isso, o preço de venda do café, que este ano está melhor, fica ainda mais vantajoso para o produtor”, explicou.

Exemplo de dedicação

O produtor Amandio Augusto Pereira Filho faz parte do grupo e contou que o programa mudou radicalmente a sua visão sobre a cafeicultura.

Ele e a família, que hoje produzem o café especial Serra da Seritinga, receberam a propriedade de herança e desde então estudam a cafeicultura para aprender a produzir mais e melhor.

“Se não fosse o ATeG Café+Forte eu estaria em uma situação muito difícil porque eu caí de paraquedas no café. Com o programa fomos descobrindo o que tínhamos em mãos”.

Professor de educação física e técnico de futebol, o agora cafeicultor segue à risca as orientações da técnica de campo Thaís Aguiar e comemora os resultados alcançados até agora.

“Há dois anos fizemos o esqueletamento de uma parte grande da lavoura e este ano estamos produzindo com mais eficiência, usando as técnicas corretas e com acompanhamento profissional”.

Para Thaís, a dedicação de Amandio e a confiança da família no programa do Sistema Faemg Senar, fazem a diferença.

“É um produtor que segue 100% das orientações que eu passo e saiu da colheita de um balaio de café, em um determinado talhão, na safra passada, para 55 balaios na mesma área esse ano”, contou a técnica que reconhece o potencial de crescimento da produtividade no sítio nos próximos anos.

Cursos

Amandio e o filho Richard tem no currículo diversos cursos de formação profissional rural na área do café. As capacitações vão desde a lavoura à comercialização, e segundo a técnica de campo complementam o trabalho e facilitam o andamento da assistência à família.

“Eles sabem como colocar as orientações em prática e sabem que elas vão dar resultado”, afirmou Thaís. Para Amândio, “a possibilidade de aprender, e ter contato com profissionais qualificados nos faz despertar para o melhor”.

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