França elimina Marrocos e pega a Argentina na final da Copa do Mundo
A torcida de Marrocos soltou o gogó na hora de cantar o hino nacional. Abalou as estruturas do Estádio Al Baytt ao fazer a tenda erguida no meio deserto tremer na tentativa de levar o primeiro país africano — e árabe — a ficar entre os quatro melhores da Copa do Mundo à final. Emoldurou a arquibancada de vermelho e verde, como se fosse um mosaico. Afinal, era maioria entre os 68.294 pagantes. No entanto, a França precisou de quatro minutos para impor a autoridade de atual campeã. Virou o primeiro tempo vencendo por 1 x 0, gol de Theo Hernández. Acabou 2 x 0 graças a Dembélé após assistência de Mbappé.
Chegava ao fim uma das histórias mais lindas do almanaque das Copas. Crianças limpavam as lágrimas nos olhos. Incrédulas diante da eliminação diante do colonizador. Cresceram lendo sobre a França nos livros de história. Eliminá-la foi quase um convite à guerra no cântico do hino nacional. Impactou mais do que a Marselhesa, imponente por natureza. A camisa com duas estrelas bordadas pesou. Reverenciada pelos jogadores, a torcida vai peregrinar rumo ao Khalifa Stadium no sábado, palco da decisão do terceiro lugar contra a Croácia. A França buscará o tri.
A Copa do Qatar terá a final que o emir do Qatar, Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani, comprou e pediu aos alás do futebol. A Qatar Sports Investments é dona do Paris Saint-Germain. Paga os salários de três dos jogadores mais badalados do mundo: Messi, Mbappé e Neymar. Dois deles serão os protagonistas da final inédita de domingo, às 12h (de Brasilia), no Estádio Icônico de Lusail. Uma das duas seleções será tricampeã. Os gauleses reinaram em 1998 e 2018. A seleção alviceleste ergeu a taça nas edições de 1978 e 1986.