Fernando Prass relata confusão após vitória contra o Peñarol

Felipe Melo e Matías Mier saem no tapa ao fim de Peñarol x Palmeiras no Uruguai
Depois da vitória, de virada, do Palmeiras sobre o Peñarol no Uruguai, cenas de barbárie tomaram conta do estádio Campeón del Siglo. Jogadores, membros da comissão técnica e, segundo relatos, até jornalistas partiram para cima dos jogadores do Palmeiras.
Após toda a confusão, já na saída do Palmeiras do estádio, o goleiro Fernando Prass detalhou toda a confusão, dizendo que a ação dos uruguaios foi premeditada, fechando os portões para que os jogadores não tivessem acesso ao vestiário.
“Parece que eu estava prevendo… O Quintana pegou o Felipe Melo pelo pescoço e o Nández foi para cima dele. Quando fui para ajudar o Felipe Melo, tirar ele dali, dois ou três jogadores do Peñarol, por trás, me deram soco na boca, me chutaram. É impressionante como o capitão de um time, que é a bandeira do time, que é o Nández, chega ao ponto de uma covardia… Covardia premeditada, porque eles fecharam o portão lá. Eles vão se vangloriar porque deram porrada e a gente vai ver essas cenas e gente dizendo ‘isso é Libertadores’. Isso não é Libertadores, Libertadores é futebol, se a entidade que comanda não for rigorosa e punir, isso vai acontecer”, esbravejou o goleiro, em entrevista à Fox Sports.
Prass afirmou ainda que Felipe Melo e todo o grupo palmeirense correram para o canto onde estava a torcida palmeirense para poderem se defender melhor dos ataques feitos pelos uruguaios.
“Pensei em proteger o Felipe Melo, eles tinham como alvo o Felipe Melo. Nossa ideia era ir para o canto que estava nossa torcida, para pelo menos proteger as costas e ficar de frente para eles, para não sermos agredidos por trás, aí fomos para o canto… Teve até jornalista que estava com tripé tentando acertar os jogadores do Palmeiras, coisa surreal… A gente estava tentando se agrupar e sair da confusão, esperar que o policiamento ou nossos seguranças controlassem a situação. Mas fecharam o portão para os seguranças entrarem. Foi tudo orquestrado”, disse o camisa 1, que emendou afirmando que a situação poderia ter sido pior se o grupo palmeirense revidasse as agressões, e não apenas se defendesse.
“Só não ficou pior pela nossa postura, a gente se defendeu. Se alguém entra no estúdio de vocês (imprensa) e começa a desferir socos e pontapés, você não vai ficar parado esperando tomar uma gravata para depois esperar punição, você vai se defender. E a gente conseguiu se defender. Tinham alguns policiais, mas na minha opinião, muito pouco para uma partida e para um lugar que já tem um histórico de confusões. Seria o cúmulo da inversão de valores (punir o Felipe Melo). Dá para ver nas imagens, eu estava bem perto, em momento nenhum ele tenta agredir, ele levanta os braços, o zagueiro deles, numero 30 pega ele pelo pescoço, o 25 provoca para o Felipe agredir… Aí depois o Felipe Melo é agredido e se defende, porque não tem como, numa situação dessas se você não faz nada, você acaba massacrado”.
A delegação do Palmeiras só conseguiu deixar o estádio Campeón del Siglo cerca de duas horas após o término da partida, que deixou a classificação do Verdão na Libertadores bem encaminhada. Para sair do local, o Verdão contou com um forte esquema de segurança, com batedores e escolta.
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