Ex-advogada de mineira presa na Tailândia é detida por suspeita de tráfico

Ex-advogada de mineira presa na Tailândia é detida por suspeita de tráfico

Talita Franco, advogada que participou do processo inicial de defesa da mineira Mary Hellen, condenada por tráfico internacional de drogas na Tailândia, foi presa nesta sexta-feira (15) pela Polícia Civil suspeita de associação com o tráfico de drogas.

A mulher foi detida durante a operação “Black List”, em Pouso Alegre, no Sul de Minas. De acordo com informações da corporação, a prisão da suspeita foi acompanhada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil.

A advogada de Mary Hellen e também de Talita Franco, Kaelly Moreira, afirmou à reportagem na tarde desta sexta-feira que ainda não conhece o inquérito e que, portanto, pode falar muito pouco do processo. “Estou agora analisando, vendo qual é a verdadeira situação”, disse ela em relação ao caso de Talita.

Ainda conforme Kaelly, Talita Franco fazia parte da banca, em um primeiro momento, que conversou com os demais advogados de Mary Hellen, mas não chegou a ser constituída por familiares.

Operação

Segundo a Polícia Civil, além da advogada, também foram presos outros oito homens na operação Black List. Dois deles foram detidos após os policiais encontrarem uma espingarda sem registro, uma porção de maconha, balança de precisão e munições de diferentes calibres.

As investigações foram coordenadas pela Delegacia Adjunta de Entorpecentes e tiveram início há cerca de um ano. Na ocasião, foi identificada uma organização envolvida com o tráfico de drogas na região.

Relembre o caso Mary Hellen

Mineira de Pouso Alegre, no sul do Estado, Mary Hellen, de 22 anos, foi presa após ser pega com 15,5 kg de cocaína na bagagem, em 14 de fevereiro.

A sentença da jovem, que se declarou culpada, foi promulgada no dia 11 de maio.  No mês passado, foi informado pela defesa que Mary Hellen terá de pagar cerca de o equivalente a R$ 109 mil para não ter a pena dela aumentada de 7 anos e seis meses de prisão para 11 anos e sete meses.

“No julgamento realizado em 6 de maio de 2022, foi sentenciada a 7 anos e 6 meses de prisão e terá que pagar uma multa de 750.000 Baht (o equivalente a R$ 109 mil). Se não puder pagar a multa, será punida com prisão em vez da multa, de 500 Baht por dia. Se for pagar em dias, ou seja, 500 Bath por dia, teria que cumprir 1500 dias além da pena principal”, explicou o advogado Telêmaco Marrace.

Uma alternativa para a jovem é trabalhar na cadeia. Conforme explicou a defesa de Mary Hellen, se ela for considerada uma boa prisioneira, terá uma “significativa redução de seus dias na prisão”, informou Marrace. Ele, porém, não detalhou quantos dias seria possível abater no tempo de detenção.

Além disso, segundo o advogado, a jovem poderá cumprir um terço da pena e solicitar o “perdão real”.

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