Dois anos após morte, Marília Mendonça continua quebrando recordes
A morte da cantora Marília Mendonça completa neste domingo (5) dois anos. A cantora e outras quatro pessoas morreram em um acidente de avião no interior de Minas Gerais em 5 de novembro de 2021. Marília tinha apenas 26 anos e estava no auge do sucesso quando faleceu.
A polícia concluiu que o acidente ocorreu por falha dos pilotos que conduziam a aeronave. Os pilotos foram indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Como os dois também morreram no acidente, o inquérito será enviado à Justiça com recomendação de arquivamento, segundo a polícia mineira.
Mesmo postumamente, Marília continua sendo um dos nomes mais fortes da música brasileira, batendo recordes. Uma versão da canção Leão se tornou em janeiro deste ano a primeira música em língua portuguesa da história a atingir 1,9 milhões de reproduções em apenas um dia. A música foi lançada originalmente em dezembro de 2020, em parceria com o rapper Xamã e foi relançada no projeto Decretos Reais, que reúne músicas e videoclipes extraídos da live “Serenata”, realizada em 15 de maio de 2021 pela cantora, na qual apresentou regravações de grandes canções suas e de outros artistas.
Em março de 2023, a Som Livre lançou o terceiro volume de “Decretos Reais”, com quatro faixas interpretadas pela cantora: “Cumbia do Amor” (sucesso da Banda Calypso), “O que Falta em Você Sou Eu”, “Hackearam-me” e “Infiel / Amante Não Tem Lar”.
Em maio desse ano, Marília se tornou a primeira brasileira a alcançar 10 bilhões de reproduções no Spotify, segundo o Chart Data. A cantora tem atualmente mais de 12,5 milhões de ouvintes mensais no streaming.
Acidente
Marília, que tinha 26 anos, morreu no dia 5 de novembro de 2021, enquanto viajava em um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ. No avião também estavam Geraldo Medeiros (piloto), Tarciso Viana (copiloto), Henrique Ribeiro (produtor) e Abicieli Silveira Dias Filho (tio e assessor da artista).
As cinco pessoas que estavam na aeronave morreram após sofrerem com um politraumatismo contuso.
Em outubro, a polícia informou que ficou constatado que houve homicídio culposo triplamente qualificado por parte do piloto e copiloto. Como os dois também morreram no acidente, houve a extinção da punibilidade, e a sugestão de arquivamento do caso. Segundo o delegado de Caratinga, Ivan Lopes, houve negligência e imprudência por parte dos pilotos, já que é uma praxe que eles façam contatos com outros profissionais quando pretendem pousar em um aeródromo desconhecido. Eles não fizeram esse contato, de acordo com a investigação.
Em maio, o o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, apresentou um relatório no qual descartou falha mecânica e apontou uma “avaliação inadequada’ do piloto” contribuiu para o acidente.
De acordo com o relatório, os cabos de alta tensão estavam abaixo da linha de visão dos pilotos já que, no momento do impacto, sua atenção estava direcionada para a pista de pouso. Também segundo o documento, os equipamentos de energia tinham baixo contraste com a vegetação do entorno, reduzindo a percepção a grandes distâncias.