Dermatologista mineiro é condenado a mais de 50 anos de prisão por estuprar pacientes
Um dermatologista de Montes Claros, no Norte de Minas, foi condenado a 51 anos de prisão por estuprar as próprias pacientes. A sentença foi detalhada pela Polícia Civil (PC), que cumpriu, nesta quinta-feira (11), mandado de prisão contra o médico.
Conforme as investigações, o dermatologista aplicava sedativos nas pacientes, que eram abusadas enquanto estavam desacordas. Ao todo, 16 vítimas foram identificadas. A condenação, no entanto, foi associada a nove casos. Isso porque algumas mulheres envolvidas preferiram não denunciar o médico.
Investigações
As investigações da PC começaram em 2016, após duas jovens, de 21 e 23 anos, procurarem as autoridades e relatarem os abusos. As vítimas disseram que foram sedadas pelo dermatologista durante a realização de tratamento com laser.
Uma delas dormiu por quase 20 horas após receber o sedativo aplicado pelo médico e, quando acordou, relatou ter sentido desconforto no órgão genital e se lembrou de alguns momentos em que ele tocava seu corpo.
Além disso, a vítima disse ter verificado que o médico havia cauterizado uma pinta localizada em sua virilha, que ela não havia mostrado para ele.
A outra denunciante também passou por procedimento estético com o médico condenado e desconfiou da conduta dele.
Nas duas pacientes, os exames do Posto Médico Legal constataram que houve estupro com rompimento de hímen, sendo que elas nunca haviam tido relações sexuais. Após a denúncia, outras vítimas procuraram a delegacia para relatar novos casos.