Criminoso enterra desafeto vivo e de cabeça pra baixo após briga
Um homem de 43 anos foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado, furto e ocultação de cadáver. A vítima foi enterrada viva após uma discussão por drogas. O crime aconteceu em dezembro de 2016, e o inquérito foi concluído nesta segunda-feira (8 de abril). O fato ocorreu em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba.
Tudo começou, conforme conta o delegado Luís Mauro Sampaio, após um desentendimento entre vítima e suspeito por conta de drogas. “Durante a briga, a vítima perdeu os sentidos. Aproveitando desta situação, o autor viu que tinha um buraco próximo onde estavam e enterrou o desafeto de cabeça para baixo”.
As investigações apontaram que a vítima ainda estava viva, apesar de desacordada, quando foi enterrada. “A morte se deu, ao que tudo indica, por asfixia. O autor nega o crime, mas temos elementos, que vão desde testemunhas até elementos circunstanciais, que mostram que foi ele o responsável pela morte”, disse.
O caso foi registrado próximo da virada do ano de 2016 — 27 de dezembro. As autoridades, na época, foram chamadas após moradores sentirem um forte cheiro. “O local onde o corpo foi enterrado é uma estrada de passagem de pedestres. Todos se sentiram incomodados com o odor e perceberam as pontas dos pés. Os bombeiros realizaram a retirada do corpo e a perícia para os trabalhos de praxe”.
O desfecho da investigação por parte da Polícia Civil se estendeu ao longo dos anos, conforme explica o delegado, pela dificuldade em conseguir testemunhas. “Muitos optaram pelo silêncio, pois temiam que algo ruim pudesse acontecer com eles. Com o passar do tempo, aconteceu o inverso: as pessoas se mostraram mais abertas, pois viram o quão importante era falar o que sabiam”.
O inquérito policial, agora, será encaminhado para o Ministério Público. Mesmo assim, a Polícia Civil segue apurando a participação de outra pessoa no crime, visto que há a informação de que uma pessoa ligada ao indiciado fugiu. “Por enquanto é uma suspeita. Não dá para dizer em indício. O que temos é que esta pessoa, logo depois do crime, falou para a mãe que iria para uma cidade e nunca mais voltou”, concluiu.