Com vexame fora de campo e decepção dentro, Brasil cai diante da Argentina

O maior clássico do futebol sul-americano ficou relegado a segundo plano. Em jogo marcado por vexame fora de campo e decepção dentro das quatro linhas, o Brasil acabou batido pela Argentina por 1 a 0 na noite desta terça-feira (21), no Maracanã, pela sexta rodada das Eliminatórias, e se complicou ainda mais na competição.

Com a expectativa por ver Messi em ação mais uma vez no Brasil, o Maracanã recebeu cerca de 70 mil torcedores. Mas antes mesmo de a boa rolar, o que se viu foi pancadaria e confusão.

Uma briga envolvendo torcedores, policiais e agentes de segurança impediu o início da partida. A pancadaria ocorreu nas cadeiras que ficam atrás de um dos gols do Maracanã, no setor misto, onde havia torcedores de ambos os países, sem nenhum tipo de ‘divisória’.

Já na execução dos hinos nacionais, os ânimos se exaltaram e a briga começou, com direito a pedaços de cadeiras sendo atirados em direção a brasileiros e também a argentinos. Na sequência, agentes da segurança do estádio e policiais militares partiram para cima dos argentinos, que avançaram em direção a espaços antes preenchidos por brasileiros. Muitas pessoas acabaram feridas.

Em função da confusão, os jogadores da Argentiva voltaram ao vestiário e houve até dúvidas se a partida seria realmente iniciada, o que só ocorreu 28 minutos depois.

Clima em campo

Os ânimos exaltados do lado de fora acabaram se refletindo também no gramado do Maracanã. E a partida começou muito pegada. Antes mesmo dos 15 primeiros minutos, dois brasileiros já estavam amarelados.

Primeiro, Gabriel Jesus deixou o braço no rosto de De Paul, que teve sangramento no nariz. Pouco depois foi a vez de Raphinha acertar De Paul. Os dois brasileiros estavam pendurados. Assim, não enfrentam o Equador quando as Eliminatórias forem retomadas, em setembro de 2024

Em uma primeira etapa praticamente sem futebol, o Brasil chegou pela primeira vez de fato em cobrança de falta de Raphinha aos 37. Mas a melhor chance veio aos 43: após cobrança de escanteio, Martínez tira parcialmente, Gabriel Martinelli aproveita e chuta cruzado. Com o goleiro já batido, Romero salva a Argentina praticamente em cima da linha.

Ainda pior

No segundo tempo, o Brasil voltou com Nino no lugar de Marquinhos, que sentiu uma fisgada na coxa esquerda.

Melhor posicionado, o Brasil tentou pressionar a Argentina. Aos 9 minutos, teve a primeira boa chance: após virada de jogo de Bruno Guimarães, Raphinha entrou na área e chutou, mas goleiro faz a defesa.

Aos 12, após boa jogada de Gabriel Jesus, a bola sobrou para Martinelli chutar rasteiro, mas em cima de Martínez.

E foi praticamente a última oportunidade do Brasil. A partir daí a Argentina voltou a crescer e a ter novamente mais a posse de bola. E acabou abrindo o placar aos 17 minutos: após cobrança de escanteio de Lo Celso, Otamendi sobe mais que a zaga e cabeceia longe do alcance de Alisson.

Fernando Diniz ainda tentou mudar o quadro colocando Joelinton e Endrick nas vagas de Gabriel Magalhães e Raphinha e depois Raphael Veiga e Douglas Luiz. Mas nem houve muito tempo para mudanças.

Em lance com De Paul (sempre ele), Joelinton acabou revidando e acertou o argentino, sendo expulso. Com um a menos, o Brasil não teve forças para levar perigo à defesa dos hermanos. E ainda teve que ‘engolir’ boa parte do Maracanã gritando olé para a troca de passe da Argentina.

Em Eliminatórias, a última vitória da Argentina sobre o Brasil havia sido em 2005, quando fez 3 a 1 no Monumental de Nuñez. Depois foram cinco jogos sem triunfos.

Com vexame fora de campo e decepção dentro, Brasil cai diante da Argentina  | O TEMPO
Ficha técnica

Brasil 0x1 Argentina

Brasil
Alisson; Emerson Royal, Marquinhos (Nino), Gabriel Magalhães (Joelinton) e Carlos Augusto; André, Bruno Guimarães (Douglas Luiz) e Rodrygo; Raphinha (Endrick), Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli (Raphael Veiga). Técnico: Fernando Diniz

Argentina
Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Mac Allister, Enzo Fernández (Paredes), De Paul e Lo Celso (González); Messi (Di Maria) e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni

Motivo: Sexta rodada Eliminatórias Sul-Americanas Copa 2026
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro
Gol: Otamendi, 17 do 2º tempo
Árbitro: Piero Maza (Chile)
Auxiliares: Cláudio Urrutia e Miguel Rocha (Chile)
Cartões amarelos: Carlos Augusto, Raphinha, Gabriel Jesus (Brasil)
Cartão vermelho: Joelinton (Brasil)

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