Carros volta após seis anos e supera os dois primeiros longas

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Seis anos depois, Relâmpago McQueen está de volta aos cinemas para se redimir do fiasco de “Carros 2” (2011). O segundo filme da franquia foi sofrível. Overdose de ação, um amontoado de personagens, tramas banais que se embolavam. Exceto pelo capricho técnico característico das animações da Pixar, nada se salvava ali. Mas agora a história é outra. Aliás, agora, existe uma boa história – “Carros 3” estreia hoje em Jaú e será exibido às 13h50, 17h15 (3D) e 19h30 (3D).
Ameaçado por uma nova geração de corredores, McQueen se vê mergulhado em uma crise existencial sem precedentes em “Carros 3”. O astro da Copa Pistão já não é imbatível. A bola da vez tem nome e sobrenome: o potente Jackson Storm, novato hi-tech que faz qualquer adversário comer poeira.
E qual caminho seguir diante de um cenário tão adverso? Pendurar as calotas e se contentar com as lembranças de um passado vitorioso ou provar para o mundo – e para si mesmo – que é possível competir com os avanços da tecnologia?
No melhor estilo Rocky Balboa, o herói vermelho de quatro rodas não joga a toalha. Pelo contrário. Treina como nunca e revisita os ensinamentos de seu mentor e ex-técnico Doc Hudson, a eterna lenda das pistas. Nessa jornada de autoconhecimento, McQueen conta também com o incentivo do fiel e sempre engraçado amigo Mate e com a ajuda questionável da jovem treinadora Cruz Ramirez.
Emoldurado por uma estética ainda mais apurada e cenários quase reais, “Carros 3” aposta em uma narrativa madura, que consegue equilibrar humor, ação e emoção. É possível se comover com o drama de um Relâmpago à beira da aposentadoria.
Uma proposta bastante semelhante à de filmes sobre ídolos do esporte em final de carreira. Porém, a diferença – e o maior acerto – é que o roteiro da animação escolhe um desfecho menos óbvio. Foge do clichê que impregna uma boa parte das histórias do gênero.
Pixar
Embora não alcance o patamar dos grandes sucessos da Pixar, como “Toy Story” e “Procurando Nemo”, a terceira sequência de “Carros” fica muitas voltas à frente das anteriores. McQueen, de fato, faz as pazes com o público.
A dúvida é se, tal qual na ficção, ele vai saber a hora certa de parar – o que parece improvável. Considerando que os dois primeiros filmes da franquia arrecadaram US$ 1 bilhão no mundo inteiro, não será surpresa alguma se Relâmpago McQueen resolver dar as caras pela quarta vez. (Marina Galeano/Folhapress)
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