Atirador de aeroporto na Flórida parece ter escolhido local de ataque, diz FBI
Segundo as autoridades, o primeiro policial chegou até o atirador entre 70 e 80 segundos depois do início do tiroteio.
Esteban Santiago, o veterano de guerra americano de 26 anos que foi o autor do tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale nesta sexta-feira (6), aparentemente fez a viagem de avião até a Flórida com o objetivo de cometer o atentado. Ele escolheu a cidade da Flórida, nos Estados Unidos, como palco do ataque. Em entrevista neste sábado (7), George Piro, agente especial do FBI encarregado do escritório de Miami, afirmou que o atirador cooperou com as investigações em um interrogatório que durou “várias horas” durante a madrugada.
“As indicações são de que ele veio até aqui para cometer esse ataque horrível”, afirmou Piro aos jornalistas no aeroporto, onde ocorreu a entrevista.
Scott Israel, xerife do condado de Broward, afirmou neste sábado que o autor de atentado na Flórida atirou por 70 ou 80 segundos até que o primeiro policial o alcançasse, e não houve sinais de conflitos durante o voo de Santiago, ou na esteira de retirada de bagagens, antes que o atirador decidisse abrir fogo contra as pessoas que estavam no local.
De acordo com a Reuters, as denúncias de crimes federais contra Santiago devem ser anunciadas ainda neste sábado.
Cinco mortos e oito feridos
O agressor é veterano da guerrra no Iraque e utilizou uma pistola semiautomática 9mm para abrir fogo indiscriminadamente contra pessoas que esperavam pelas malas no terminal 2 do aeroporto.
Esteban chegou a Fort Lauderdale em um voo vindo do Alasca, segundo as autoridadades, e pegou a arma de sua própria bagagem.
Testemunhas afirmaram que o atirador vestia uma camiseta do filme “Guerra nas Estrelas” e que não falou nada enquanto atirava. Quando acabou sua munição, ele se entregou aos policiais.
Além dos 5 mortos e 8 feridos pelos tiros, mais de 30 pessoas foram levadas a hospitais locais com contusões ou ossos quebrados devido ao caos causado pelo atirador, segundo a agência de notícias Reuters.
Problemas mentais
Piro confirmou que Esteban foi a um escritório do FBI em Anchorage (Alasca) em novembro, agindo erraticamente, e foi entregue à polícia local – que o levou a um centro médico para avaliação mental.
Um oficial afirmou à Reuters que ele disse a agentes no escritório de Anchorage que sua mente estava sendo controlada por uma agência de inteligência dos EUA, que ordenava que ele assistisse a vídeos do Estado islâmico.
Esteban serviu de 2007 a 2016 na Guarda Nacional de Porto Rico e na Guarda Nacional do Alasca, incluindo um destacamento para o Iraque de 2010 a 2011, segundo o Pentágono.
Engenheiro privado de primeira classe e combate, ele recebeu meia dúzia de medalhas antes de ser transferido para a reserva inativa em agosto. Uma porta-voz militar disse à agência de notícias Associated Press (AP) que Esteban foi desligado da Guarda Nacional do Alasca por performance insatisfatória.
Bryan Santiago, irmão do atirador, afirmou também à AP que Esteban já recebeu tratamento psicológico no Alasca, onde morava. Bryan disse que, embora tenha nascido em Nova Jérsei, o irmão cresceu em Porto Rico, para onde foi aos dois anos.
g1.globo.com