Áustria envia militares para fronteira com a Itália

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pesar da redução do ritmo de chegada de refugiados e migrantes forçados aos portos da Itália, a Áustria anunciou nesta quarta-feira (16) o envio de 70 militares para reforçar a fronteira entre os dois países em Brennero.
A medida irritou o governo da Itália, que a chamou de “injustificada”. Os soldados ajudarão a Polícia nas ações de controle em Brennero, cidade fronteiriça que fica na região de Trentino-Alto Ádige, no extremo-norte italiano.
“Mas isso não significa que tanques de guerra serão colocados em Brennero”, disse o chefe da Polícia no estado austríaco do Tirol, Helmut Tomac, afastando uma ideia cogitada pelas autoridades de Viena nas últimas semanas.
A situação em Brennero é classificada como “estável”, mas em julho, segundo a Áustria, houve um “notável aumento” de imigrantes clandestinos encontrados em trens de carga. “Trata-se não apenas de prevenir a imigração ilegal, mas de garantir, em primeiro lugar, a vida das pessoas”, acrescentou Tomac.
Como o Acordo de Schengen, que permite a livre circulação entre os países signatários, está em vigor em Brennero, os controles serão feitos já dentro do território austríaco. Fontes do Ministério do Interior da Itália dizem que o envio dos militares é “surpreendente” e “injustificado” e alegam que a situação na fronteira é “absolutamente tranquila”.
A decisão de Viena chega em um momento em que o número de desembarques de refugiados e migrantes forçados na Itália pelo mar Mediterrâneo está abaixo dos dados de 2016, tendência que se mantém há quase um mês.
Desde janeiro, 97,3 mil pessoas foram socorridas no Mediterrâneo e levadas a portos italianos, cifra 4,12% menor que as 101,5 mil do mesmo período do ano passado. No entanto, a Áustria está em plena campanha para as eleições legislativas de 15 de outubro, e a crise migratória é um dos temas em pauta.
Nos últimos meses, representantes do governo austríaco já propuseram até que refugiados fossem impedidos de viajar da ilha italiana de Lampedusa para o continente e ameaçaram introduzir controles na fronteira em Brennero.
(ANSA) 

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