PGR arquiva pedido para investigar Alexandre de Moraes e Banco Master

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Ministro do TSE, Alexandre de Moraes e o presidente do CNJ, Luiz Felipe Salomão assinam acordo para segurança na eleições de 2022, após cerimônia de lacração das urnas, no TSE. | Sérgio Lima/Poder 360 02.set.2022

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, optou por arquivar um pedido de investigação sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relacionado ao caso do Banco Master.

O pedido foi apresentado pelo advogado Enio Murad e não está relacionado diretamente aos processos sobre a questão que estão em análise na Suprema Corte. As informações são da CNN Brasil.

Na sua representação, o advogado menciona que, conforme reportado pela imprensa, o ministro Alexandre de Moraes teria se comunicado com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para favorecer interesses privados do Banco Master.

A solicitação também menciona que a esposa do ministro, a advogada Viviane Barci de Moraes, possuía um contrato de prestação de serviços jurídicos com o banco privado em questão.

O pedido tinha como objetivo instaurar uma investigação com base nos crimes de tráfico de influência e violação aos princípios da Administração Pública.

Ao arquivar o pedido, Gonet destaca que é “fundamental ressaltar a completa falta de provas mínimas que sustentem a acusação” contra Galípolo ou Moraes.

“Apesar da repercussão na mídia, os meios de comunicação não apresentaram elementos concretos ou indícios materiais que sustentem a alegação de intimidação, permanecendo a narrativa no campo das hipóteses”, afirma o PGR em um documento assinado em 27 de dezembro.

Paulo Gonet menciona que o sigilo de fonte, presente nas reportagens, impõe limitações à investigação do caso.

De acordo com o procurador-geral, a relação contratual entre a esposa de Moraes e o Banco Master não constitui qualquer ilegalidade.

“É uma questão que ultrapassa o âmbito de atuação e a competência da Suprema Corte intervir em negócios jurídicos entre particulares, especialmente quando são protegidos pela autonomia inerente à atividade liberal da advocacia”, declara Gonet.

Contactado pela CNN Brasil, o advogado Enio Murad informou que pretende recorrer da decisão.

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