Mais de 100 mil migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo desde janeiro, afirma agência

Por France Presse

Mais de 100 mil migrantes e refugiados chegaram desde janeiro a Europa depois de atravessar o Mar Mediterrâneo, e 2.247 morreram ou são considerados desaparecidos depois que tentaram a travessia, anunciou nesta terça-feira (4) em Genebra a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Quase 85 mil chegaram às costas italianas, 9.300 na Grécia e 6.300 desembarcaram na Espanha.

No total, a OIM calcula em 101.210 o número de chegadas. Na sexta-feira passada (30), a organização anunciou 95.768, mas sem ter atualizado os dados da Espanha.

No mesmo período de 2016 – entre 1 de janeiro e 3 de julho – o número de chegadas a Europa foi duas vezes superior (231.503).

A diferença este ano é que quase 85% dos migrantes desembarcaram na Itália, enquanto em 2016 a maioria chegou à Grécia. Na semana passada, a Itália ameaçou nesta impedir a entrada em seus portos de navios com bandeira estrangeira que transportam migrantes resgatados no Mediterrâneo.

O diretor geral da OIM, William Lacy Swing, pediu aos membros da UE que ajudem os países do sul da Europa a receber e ajudar os migrantes resgatados no mar.

O tema “não pode ser visto como um problema somente para a Itália, e sim como uma questão de toda a Europa”, disse.

A Guarda Costeira italiana, que coordena as operações de resgate no Mediterrâneo, explicou que inúmeros barcos estrangeiros, vários deles fretados por organizações não governamentais, participam destas operações.

Os migrantes são transportados a portos italianos, de onde costumam ser divididos nos vários centros de acolhida da península, que estão saturados.

Dos 3.000 migrantes que morreram em todo o planeta desde o início do ano, mais de 2.200 perderam a vida quando tentavam chegar a Europa.

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