Guarda civil matou secretário ao saber que deixaria segurança da primeira-dama

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Um guarda civil municipal de Osasco, Henrique Marival de Sousa, cometeu um assassinato chocante ao saber que seria removido da equipe de segurança da primeira-dama. O incidente ocorreu após uma reunião na prefeitura, onde mudanças nas equipes de segurança foram anunciadas. A motivação do crime parece estar ligada a desavenças profissionais e pessoais, conforme relatado por testemunhas.

Motivação do crime

crime cometido por Henrique Marival de Sousa foi motivado por insatisfação profissional. Segundo depoimentos colhidos pela polícia, Henrique estava inconformado com a decisão de ser retirado da equipe de segurança da primeira-dama de Osasco, Aline Lins. Essa mudança ocorreu devido à reorganização das equipes de segurança pessoal da prefeitura, em virtude da nova gestão municipal.

Durante uma reunião na sede da Prefeitura de Osasco, o então secretário-adjunto de Segurança, Adilson Custódio Moreira, anunciou as alterações na composição das equipes. Henrique, que integrava a segurança da primeira-dama, não aceitou bem a notícia de que voltaria aos postos regulares da Guarda Civil Municipal. A indignação com a mudança foi relatada por uma testemunha, outro guarda civil, que afirmou que Henrique considerava a alteração injusta.

Apesar de sua insatisfação, Henrique não demonstrava comportamentos excessivamente exaltados, segundo relatos. No entanto, a insatisfação acumulada resultou em um ato extremo, quando Henrique, após a reunião, se encontrou com Adilson para uma conversa particular e acabou cometendo o homicídio.

Perfil do atirador

Henrique Marival de Sousa é um Guarda Civil de 1ª Classe do município de Osasco, atuando na corporação desde 2015. Descrito por colegas como uma pessoa pacata, Henrique é casado e tem uma filha. Sua trajetória na Guarda Civil foi marcada por um comportamento tranquilo, sem registros de incidentes anteriores que pudessem prever o ato violento.

De acordo com informações apuradas, Henrique era considerado um profissional dedicado, mas a mudança na sua função dentro da segurança pessoal da primeira-dama foi um ponto de ruptura. A decisão de retirá-lo da equipe de segurança gerou um descontentamento significativo, que culminou no trágico evento.

Testemunhas relataram que, mesmo após ser informado sobre a alteração na sua escala, Henrique não demonstrou sinais evidentes de agressividade. Contudo, a pressão e a insatisfação acumuladas ao longo do tempo podem ter contribuído para o desfecho fatal. A esposa de Henrique chegou a comparecer ao local do crime na tentativa de convencê-lo a se entregar, o que indica uma rede de apoio familiar preocupada com seu bem-estar.

Detalhes do crime

O crime ocorreu na tarde de uma segunda-feira, durante uma reunião na Prefeitura de Osasco, onde foram discutidas mudanças nas equipes de segurança do município. Henrique Marival de Sousa, insatisfeito com a notícia de que seria removido da segurança da primeira-dama, aguardou até o final da reunião para conversar em particular com o secretário-adjunto Adilson Custódio Moreira.

Após a saída dos demais colegas, Henrique e Adilson permaneceram na sala. Minutos depois, disparos foram ouvidos, e Henrique foi encontrado ao lado do corpo de Adilson, que havia sido baleado. O guarda civil, em um ato de desespero, montou barricadas na sala, mantendo-se trancado com a vítima por cerca de uma hora e meia.

Durante esse período, Henrique efetuou pelo menos 10 disparos com uma pistola Taurus, calibre .40, que foi apreendida pela Polícia Civil juntamente com outros objetos, como carregadores e um simulacro de arma de fogo. A motivação para o crime foi atribuída a desavenças profissionais e pessoais, conforme apuração inicial da polícia. Henrique foi detido no local e o caso foi registrado como homicídio no 5º Distrito Policial de Osasco.

Repercussão e investigações

O assassinato do secretário-adjunto Adilson Custódio Moreira causou uma grande comoção na cidade de Osasco e repercutiu amplamente na mídia.

O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa, expressou seu pesar e consternação pelo ocorrido, destacando a perda irreparável para a administração municipal. A tragédia também provocou discussões sobre a segurança e o bem-estar dos servidores públicos.

A Polícia Civil de São Paulo iniciou uma investigação minuciosa para esclarecer os detalhes do crime. Peritos foram enviados à cena do crime para coletar evidências, e a arma utilizada por Henrique foi apreendida. Além disso, depoimentos de testemunhas, incluindo outros membros da Guarda Civil, foram colhidos para ajudar a entender as motivações e circunstâncias que levaram ao trágico evento.

O caso gerou uma reflexão sobre a gestão de equipes de segurança e a necessidade de mecanismos de apoio psicológico para os profissionais da área. A administração municipal anunciou que revisará os procedimentos internos e considera implementar novas medidas para prevenir incidentes semelhantes no futuro.

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