Esposas de cinco ministros de Lula ganham cargos em tribunais
No governo Lula, cinco ministros têm suas respectivas mulheres nomeadas conselheiras em tribunais de contas, segundo levantamento realizado pelo jornal Folha de São Paulo. São eles os ministros Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração Nacional), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e agora Camilo Santana (Educação). Os tribunais de contas são responsáveis, entre outras atribuições, por julgar as contas dos governos estaduais ou municipais.
Nesta sexta-feira (13), a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou a indicação da psicopedagoga Onélia Santana, esposa do ministro da Educação, que é do PT, para ocupar uma vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado. Ela ocupará um cargo vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos, e terá remuneração mensal de R$ 39,7 mil.
Em 2022, Marília Góes, esposa de Waldez Góes (PDT), foi indicada para o cargo de conselheira do Amapá quando o marido ainda era governador. A posse chegou a ser suspensa pela Justiça, mas a decisão foi posteriormente revertida. Ela é delegada civil e também era deputada estadual pelo PDT, antes de ser empossada no TCE.
Já a administradora Renata Calheiros, mulher do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), foi eleita conselheira em Alagoas em dezembro de 2022. O órgão fiscaliza a gestão do governador Paulo Dantas (MDB), aliado de seu marido.
Rejane Dias, esposa de Wellington Dias (PT), também foi aprovada pela Assembleia Legislativa para uma vaga no TCE do Piauí, em janeiro de 2023. Ela foi indicada ao cargo pelo governador Rafael Fonteles (PT). Formada em Administração, Rejane Dias já foi deputada federal, deputada estadual e secretária na gestão do marido no governo do estado.
A enfermeira Aline Peixoto, esposa do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), foi eleita já no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como conselheira no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. Ela recebe salário mensal de R$ 41,8 mil, com aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.
