Deputado estadual João Magalhães é condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
O deputado estadual e líder de governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, João Magalhães (MDB), foi condenado pela 2ª vara da Justiça Federal de Governador Valadares por corrupção passiva e lavagem de capitais. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), que acusa o parlamentar de fraude em licitação e propina. A decisão cabe recurso.
O MPF acusou João Magalhães de ter apresentado emendas ao orçamento da União, destinando recursos para obras em municípios mineiros, quando ainda era deputado federal, e então cobrado propina dos prefeitos, entre 10% e 12% do valor destinado, para garantir a liberação dos recursos. Em outubro de 2007, segundo o MPF, Magalhães teria recebido R$ 38 mil do então prefeito de Tumiritinga, da região do Rio Doce, Luiz Denis Alves Temponi (PFL), como pagamento pela destinação de emenda parlamentar ao município. O ex-prefeito também foi condenado.
Uma assessora informal de Magalhães também foi condenada, acusada de receber a propina em sua conta e repassado o valor para ocultar a origem do dinheiro. Ela foi sentenciada a dez anos e dois meses de reclusão, João Magalhães foi condenado a onze anos e oito meses de reclusão e Luiz Temponi foi condenado a onze anos e seis meses de reclusão. A Justiça determinou a perda das funções públicas dos três réus e estipulou o regime fechado para o cumprimento inicial das penas.
A reportagem solicitou um posicionamento ao deputado estadual João Magalhães, que afirmou que recebe a condenação com “tranquilidade”, apesar de “discordar da decisão em 1ª instância do tribunal”.