Entenda por que Alexandre Nardoni pode sair da prisão a partir desta semana

Condenado a 30 anos de prisão pela morte da própria filha, Alexandre Nardoni, de 45 anos, poderá sair da prisão a partir desta semana. Isso porque o assassino de Isabella Nardoni, morta aos cinco anos de idade em 2008, conseguiu reduzir 990 dias de pena após manter uma rotina de trabalhos de jardinagem e faxina, além da leitura. As informações são do Metrópoles.

Atualmente, Alexandre cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, no interior de São Paulo, prisão conhecida como “Presídio dos Famosos”. Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, por exemplo, também cumpriram pena na mesma unidade.

Alexandre Nardoni poderá sair da prisão em breve; entenda condenação –  Metro World News Brasil

Agora, a partir desta semana, Alexandre já pode pedir à Justiça a progressão para o regime aberto. Nardoni completa o período necessário para obter o benefício neste sábado (6). Após a solicitação, o pedido ainda deve ser aprovado por um juiz.

Boa conduta e diminuição da pena

O histórico prisional de Alexandre Nardoni indica que o preso teve uma boa conduta durante todo o período na unidade. Contra Alexandre não há nenhuma falta grave anotada. Há apenas uma falta disciplinar, aplicada em fevereiro 2011, por “incitar ou participar de movimento para subverter a ordem e a disciplina”. Ele acabou absolvido da acusação.

A boa conduta de Alexandre, aliada a trabalhos de faxina e jardinagem, além de uma rotina de leituras, fez com que o condenado reduzisse sua pena em 990 dias. Em outubro de 2023, ele teve a pena reduzida em 96 dias após ter trabalhado por 277 dias e lido o livro ‘Carta ao Pai’, de Franz Kafka.

Além desses 96 dias, Alexandre conseguiu reduzir a pena em 894 dias, o que equivale a cerca de dois anos e nove meses, também através de trabalhos e estudos realizados dentro da prisão, conforme a Justiça.

A cada três dias trabalhados, o detento pode abater um dia de pena, caso seja autorizado pela Justiça.

Trabalho dentro da cadeia

Em seu primeiro trabalho na prisão, em maio de 2009, Alexandre Nardoni atuava como aprendiz de faxina interna. Entre 2010 e 2011, o detento trabalhou na lavanderia do presídio. Com carga horária de 40 horas semanais, ele começou como “operário” e chegou até o posto de “oficial”.

Nos anos seguintes, Nardoni trabalhou duas vezes na jardinagem da prisão e ficou mais de sete anos na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), onde são fabricadas carteira e cadeiras escolares, fechaduras e pastilhas desinfetantes para vaso sanitário. O órgão foi criado para facilitar a ressocialização do preso.

Em novembro de 2017, o trabalho de Nardoni foi classificado como “ótimo” pela Funad. Segundo o órgão, ele era assíduo no trabalho, obedecia à ordens e desempenhava suas funções corretamente.

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