Atlético perde para Furacão, entra no Z-4 e pressiona Roger
Apesar dos desfalques, parecia ser o dia de uma vitória do Atlético. O time voltou a jogar bem, fez a sua melhor partida no Independência no Campeonato Brasileiro até o momento, controlou as ações do jogo e teve grandes chances. Quando conseguiu marcar, o bandeira, de maneira equivocada, anulou o gol. Quando o Galo partia para o abafa final, tentando um triunfo suado, o zagueiro Felipe Santana falhou feio, o Atlético-PR aproveitou e decretou a derrota alvinegra. Sidcley fez o único gol da noite na vitória do Furacão por 1 a 0, no Horto, pela sétima rodada do Brasileirão.
O tento provocou a ira da torcida atleticana, que passou a vaiar o time inteiro. O Atlético até tentou reagir, levantou algumas bolas na área, mas teve que amargar a sua segunda derrota em casa na competição nacional em quatro embates. O resultado, que fez os mineiros reabilitarem, assim como foi contra o Vitória, outro lanterna, mantém o time nas últimas posições, aumentando a pressão sobre diretoria, comissão técnica e jogadores. Na próxima rodada, o Atlético busca a reabilitação fora de casa contra o São Paulo, domingo, às 16h, no Morumbi. Já o Furacão vai à Goiânia, no sábado, encarar o Atlético-GO, às 16h.
Sem Yago, poupado, o técnico Roger Machado escalou a equipe com dois volantes: Elias e Rafael Carioca. Os três meias, Marlone, Valdívia e Robinho, aliados a Rafael Moura, realizavam uma marcação alta, tentando pressionar o rival. O problema, principalmente nos 10 primeiros minutos, surgia quando o Furacão conseguia superar essa marcação. Os visitantes encontravam muitos espaços para atacar e a defesa atleticana parecia perdida. Mas aos poucos, os mineiros se encontraram no jogo, evitaram as ações dos paranaenses e realizaram uma verdadeira blitz, sufocando o rival.
Elias vinha de trás com muita velocidade e quase marcou em duas oportunidades. Rafael Moura acertou a trave. No rebote, Robinho marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento. Aos 35 min, o rei das pedaladas, na entrada da pequena área, desperdiçou a melhor chance do alvinegro, chutando por cima. A vida do Galo ficou mais fácil aos 40 min. Lucho González segurou Robinho em um contra-ataque, levou o segundo amarelo e foi expulso. Apesar da desvantagem numérica, o rubro-negro conseguiu levar o empate para o intervalo.
No segundo tempo, o técnico Eduardo Baptista tirou Rossetto e colocou Deivid, e colocou Douglas Coutinho no lugar de Yago. A intenção era deixar a equipe mais fechada, cozinhar o confronto e tentar, quem sabe, encaixar um contra-ataque e marcar o gol. Nos primeiros minutos, a tática funcionou. Além de evitar a pressão dos mineiros, o rubro-negro quase achou a chance que procurava. Aos 17 min, após cobrança de escanteio de Nikão, Deivid cabeceou na trave. Por sorte, a bola voltou na mão do goleiro Victor.
O lance parece ter acordado o Galo. No contra-ataque, Marlone mandou para o meio da área e Rafael Moura marcou de cabeça. Porém, o bandeira, de maneira incorreta, marcou impedimento de Marlone. Otero, que entrou no lugar de Valdívia, quase marcou de falta após a bola desviar na barreira. Elias apareceu na área novamente, mas o goleiro Santos segurou firme. O Atlético seguia em cima. Em um lance tranquilo, isolado, aos 44 min do segundo tempo, Felipe Santana cabeceou errado para trás, o lateral-esquerdo Sidcley arrancou livre, bateu na saída de Victor e aumentou o calvário dos mineiros na Série A de 2017.