Polícia Civil investiga golpe de venda de CNH
A Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (1º), em Ipatinga, durante a operação Paste Stuck.
Segundo o órgão, alguns instrutores de auto escola têm aplicado golpe chamado ““se colar colou”, simulando a venda da aprovação no exame de direção.
De acordo com a PC, os instrutores golpistas abordam alunos de centros de formação de condutores e oferecem a venda da carteira de habilitação, insinuando conluio com examinadores de trânsito.
Após o pagamento ao instrutor, o exame é marcado. Caso o candidato seja aprovado por mérito próprio, o instrutor afirma que negociação foi bem sucedida.
Já se o candidato for reprovado, o instrutor golpista alega que o acordo seria com outro examinador, justificando a reprovação.
O delegado-geral Gilmaro Alves Ferreira destaca que nesse golpe não há participação de funcionário público. Também conhecido como “venda da fumaça”, esse tipo de golpe está previsto no artigo 332 do Código Penal Brasileiro, com pena de 2 a 5 anos de reclusão.
O delegado revela ainda que, ao tentar fazer novo acordo, muitas vezes o instrutor golpista retém o valor já recebido. As investigações apontam que os alunos teriam deixado valores com instrutores por quatro ou cinco vezes, aguardando a aprovação.
“O golpe conta com o receio do aluno em denunciar, visto que o instrutor, em uma das pontas, toma essa atitude sabendo que a facilitação não existe, mas aguarda que não haverá questionamento por parte do aluno junto ao examinador de trânsito, aquele com autoridade para aprovar ou reprovar. Em raríssimas vezes, esse questionamento ocorre, e foi justamente o que provocou o início da operação policial”, conta o delegado.
A Polícia Civil e o Ministério Público orientam àqueles que tenham repassado valores para instrutores de centro de formação de condutores com a promessa de aprovação, procurem a polícia, tendo sido aprovados ou não.
G1 Vales de Minas Gerais.