PM é denunciado por furtar carne em açougue de supermercado

PM é denunciado por furtar carne em açougue de supermercado

Um policial militar foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por ter furtado a carne do açougue de um supermercado em Ipatinga, no Vale do Aço. O crime aconteceu em 2 de novembro do ano passado e foi divulgado pelo órgão nessa quarta-feira (11). Caso seja condenado, ele pode pegar pena que varia de dois a oito anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Além disso, o policial foi processado por improbidade administrativa por agir “em sentido contrário ao decoro exigido pelo seu ofício”. Diante disso, o Ministério Público pediu à Justiça que condene o policial à perda da função pública.

De acordo com as investigações conduzidas pela própria PM, o agente foi até o local e pediu dois tipos de carne diferentes a um funcionário. Este entregou duas sacolas diferentes ao policial, que, no setor de hortifrúti, transferiu as carnes para uma única sacola, deixando apenas uma etiqueta.

Em seguida, ela se dirigiu ao caixa e pagou por apenas um dos produtos. Como o policial era conhecido pelos fiscais por outras tentativas de furto, ele estava sendo monitorado. Depois de pagar, o agente foi abordado por um segurança que acionou uma viatura da PM.

Tentativa de contornar a situação

Dois policiais foram atender a solicitação do fiscal do supermercado e tentaram contornar a situação. Disseram, inicialmente, que se tratava de um mal-entendido. Em seguida, não registraram a autuação, o que caracterizaria prevaricação.

Por causa disso, o MPMG também ajuizou Ação Civil Pública (ACP) por improbidade administrativa contra esses dois policiais militares que teriam deixado “de praticar, indevidamente, ato de ofício, escusando-se de prestar o devido atendimento à ocorrência” pelo fato de o envolvido pertencer aos quadros da Polícia Militar.

O que diz a PM

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que, ao tomar conhecimento dos fatos, instaurou procedimento administrativo, o qual, ao final, foi remetido ao Ministério Público, que, por sua vez, apresentou a denúncia. Informou ainda que “não coaduna com desvios de conduta e combate veementemente todo e qualquer ato ilícito”.

Por fim, detalhou que, além do processo criminal no âmbito do Poder Judiciário, ainda tramita na Polícia Militar a fase acusatória do procedimento administrativo, que poderá, garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório, ensejar responsabilização na esfera administrativo-disciplinar aos acusados.

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