Casal que teria tomado três doses da vacina pode ter que pagar indenização de R$ 2 milhões
Um casal de empresários é alvo de uma ação civil pública que determina o pagamento de indenização de até R$ 2 milhões, devido à suspeita de ter tomado três doses da vacina contra a Covid-19. O homem, de 72 anos, e a mulher, de 67, são proprietários de uma joalheria e têm negócios no ramo da engenharia.
A ação foi ajuizada pelo Ministério Público no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Conforme as investigações, eles teriam recebido duas doses da CoronaVac na capital e uma da Pfizer, em Rio Novo, na Zona da Mata. Os envolvidos têm imóveis nas duas cidades.
De acordo com o MP, é pedido o pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo e mais R$ 500 mil por dano social. O órgão pediu urgência na apreciação do caso, o que foi atendido pelo juiz Raul Fernando de Oliveira Rodrigues, de Rio Novo. O objetivo é impedir que o casal tome a segunda dose da Pfizer, sob pena de mais uma multa, de R$ 1 milhão.
Ao deferir a solicitação, Rodrigues ressaltou que “tomar indevidamente a vacina (quebrando as regras dos grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde ou tomando outros imunizantes, ‘terceira’ dose ou afins), sob qualquer subterfúgio ocasiona flagrante prejuízo à coletividade”.
Segundo o MP, o inquérito sobre a revacinação teve início após denúncia anônima à ouvidoria.
A reportagem fez contato com os empresários citados no processo e aguarda retorno. Também foram procuradas a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e as prefeituras de BH e Rio Novo.