Produtor de Manhuaçu é referência na produção de tomates semi-orgânicos; VEJA VÍDEO
Produtor de tomates do distrito de Dom Correa sonha em ver a região produzindo em ambiente protegido
O produtor Clovis Pires viajou para os Estados Unidos, México e algumas regiões do Brasil em busca de conhecimentos, para melhorar a região.
Apostar na diversificação de atividades pode ser uma boa alternativa para melhorar a rentabilidade de uma propriedade rural.
Na região de Manhuaçu, região produtora de café, vez ou outra se discute nos simpósios uma maneira de diversificar a produção das lavouras.
Parceria com a ACIAMAR REGIONAL
O presidente ACIAMAR REGIONAL – Associação dos Empresários do Comércio, Indústria, Agronegócios e Prestadores de Serviços de Manhuaçu e Região – e membros da diretoria, visitaram o produtor rural Clovis Pires – o maior produtor de tomates da região – e formalizaram uma parceria.
Segundo Clovis nossa região necessita diversificar a produção buscando maior produtividade e aproveitamento melhor do solo e da mão de obra, pois os produtores ficam ociosos após a colheita do café.
“Eu comecei a plantar tomates no ano de 1976 e até hoje graças a Deus não parei. Em 1980 nós em parceria com Antônio Mendes na época na EMATER desenvolvemos este tipo de plantio com fitilho, inclusive não existia este material fitilho usava era barbante, também era usado o bambu, cada pé de tomate um bambu. Desenvolvemos este projeto que é o tomate cultivado no fitilho”, disse.
“Meu sonho é ver a região produzindo em ambiente protegido que é o futuro do mundo inteiro. Hoje poderíamos estar produzindo muito mais se houvesse vontade política e apoio, um planejamento com recursos do governo para incentivar os produtores. Cheguei até candidatar a vereador na esperança de uma vez eleito tentar através de um projeto buscar incentivo para a diversificação da cultura. Na monocultura do café, que domina nossa região, os trabalhadores ficam cinco meses sem serviço. Na policultura, além de não agredir o meio ambiente, dá serviço o ano todo”, explica Clóvis.
“Há cinco anos construí umas estufas no meu quintal, pois sempre gostei de inovar e percebi que produção em estufa não necessita de agrotóxico. É só usar o biológico, o controle e a disciplina, produzindo mais com menor custo. O produto é mais saboroso e melhor para a saúde dos consumidores”, segundo Clóvis.
Projeção da produtividade
A produção por planta aberta é de 250 caixas por mil plantas, já em ambiente protegido em estufa a produção aumenta para 400 caixas, um produto semi-orgânico, sem agrotóxico, usando produtos biológicos.
A produção do distrito de Dom Correa abastece parte dos mercados de Governador Valadares, Caratinga, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo, segundo explica Clovis.
Uma das dificuldades é não ter um preço garantido preço entre o consumidor e o produtor.
Sobre a produção, existe uma qualidade de plantio para o inverno e outra para verão, não podendo plantar o ano todo, a mesma semente.
No verão com 70 a 75 dias estamos colhendo e no inverno demora mais um pouco de 90 a 100 dias.
Clovis Pires defende que o sistema de plantio telado apresenta-se como alternativa eficaz para a cultura do tomateiro, pois combate a praga, descartando o uso de agrotóxicos.
“Este novo manejo sem uso de defensivos agrícolas vem mostrar que práticas desta natureza devem ser estimuladas. O sistema protegido “telado” é uma prova de que é possível produzir tomate respeitando o meio ambiente, sem agrotóxicos e com baixo custo para o produtor”, afirma.
Telado tem toda a cobertura do teto e paredes feitas por telas (malhas).
No sistema de produção em ambiente protegido, algumas técnicas devem ser adotadas, como o posicionamento da estufa, buscando evitar os ventos de maior intensidade predominante.
VEJA VÍDEO:
Por Devair G. Oliveira