Governo investiga 14 mortes por suspeita de febre amarela em MG

Segundo órgão, 23 casos suspeitos da doença são investigados. Registros são em áreas rurais de cidades dos vales do Rio Doce e do Mucuri.

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A Secretaria de Saúde de Minas Gerais informou nesta segunda-feira (9) que investiga 14 mortes por suspeita de febre amarela em cidades do interior do estado. Ainda de acordo com a secretaria, 23 casos suspeitos da doença foram notificados.

A secretaria disse também que entre os 23 casos investigados, 16 são considerados prováveis, pois os pacientes apresentaram critério de caso suspeito, segundo o Guia de Vigilância em Saúde e com exame laboratorial preliminar positivo, realizado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). A confirmação ainda depende de investigação. Segundo a secretaria, todos pacientes são homens, aposentados ou agricultores, e moram em área rural.

As cidades com mais casos prováveis, entre esses 16, são Imbé de Minas, com 3; e Caratinga, Ubaporanga e Ipanema com 2. Ainda foram registrados casos prováveis nas cidades de Inhapim, Piedade de Caratinga e São Domingo das Dores, Itambacuri, todas no vale do Rio Doce; e Frei Gaspar, Ladainha e Poté, no Vale do Mucuri.

Em Entre Folhas e São Sebastião do Maranhão, ambas no Vale do Rio Doce, não foram registrados casos prováveis, mas houve registro de casos de mortes em macacos e animais doentes.

Em Caratinga, São Domingo das Dores, Ipanema e Ladainha também houve registro de macacos mortos ou doentes.

A secretaria afirmou ainda que a transmissão na área rural está relacionada ao mosquito, o Haemagogus. A febre amarela também é transmitida pelo Aedes aegypti, mas somente em ambiente urbano. Não há casos investigado em áreas urbanas.

As notificações começaram na última quinta-feira (5). A secretaria alertou para atualização de vacinas para quem for viajar para estas cidades. Disse ainda que as vacinas estão disponíveis e um reforço no estoque já foi solicitado ao Ministério da Saúde.

O último caso de febre amarela rural foi registrado em Minas em 2009. Já a urbana não é registrada desde 1942 no Brasil, segundo o órgão.

O Ministério da Saúde informou que notificou a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as ocorrências de casos suspeitos de febre amarela em Minas. Disse também que acompanha as investigações e que disponibilizou técnicos para ajudar na apuração dos casos e nas medidas de controle, como vacinação.

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