Suspeita de matar filha de 6 meses no interior de Minas é presa
A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (25), uma jovem de 20 anos suspeita de matar a filha de apenas seis meses de idade em Governador Valadares, a 320 km de Belo Horizonte. Segundo os investigadores, a bebê era vítima de maus-tratos desde que nasceu.
A morte foi registrada na última quinta-feira (21), na casa onde viviam a mãe, o bebê e um namorado da mulher, que não é o pai da criança.
Aos agentes, o homem relatou ter acordado com o choro da criança e que entregou a menina à mãe, que a teria levado para o quintal de casa. Momentos depois, ela voltou com o bebê no colo, já desacordado.
Em depoimento na última sexta-feira (22), a suspeita relatou aos policiais que teria apalpado as costas da bebê para que ela desengasgasse. Porém, segundo a delegada Adeliana Xavier, o resultado do exame de perícia não é compatível com o que foi alegado pela mãe.
“A bebê apresentava um conjunto de lesões. A perícia não constatou apenas uma causa da morte ou lesão, mas várias, o que torna a situação ainda mais complicada. Ainda não podemos definir o que ocorreu. Houve um óbito, provavelmente intencional, um conjunto de lesões graves que teriam causado a morte da criança. Estamos trabalhando com a hipótese de homicídio e maus-tratos.”
Frieza
Os investigadores relataram que causou estranheza a frieza da mulher durante os depoimentos. Segundo os delegados responsáveis pelo caso, a suspeita não chorou nem mostrou desespero pela morte da filha e só foi às lágrimas ao saber que estava sendo presa. Segundo vizinhos, essa frieza foi demonstrada também nos minutos após a morte da criança. Já o namorado da mulher teria se desesperado ao saber do óbito.
Após o crime, quando ainda estava em liberdade, a mulher fez um post em uma rede social negando que tinha matado a filha, afirmando que estava “de coração partido” e que estava sendo julgada. Pouco depois, o post foi excluído e o perfil, desativado.
A Polícia Civil segue investigando o caso. Os agentes ainda tentam descobrir se o namorado da suspeita teve alguma participação no caso, seja com agressões físicas, seja por omissão. O marido da mulher, que está preso por tráfico de drogas, também deve ser ouvido.