Réu é executado na Virgínia por dois assassinatos durante fuga

Imagem de março de 2008 mostra William Morva durante audiência em tribunal de Abingdon, na Virgínia (Foto: Matt Gentry/The Roanoke Times via AP, Pool, File)

 O estado da Virgínia (Estados Unidos) executou, na quinta-feira (6), William Morva, um réu de 35 anos, condenado à morte por assassinar um segurança e um policial durante uma fuga em 2006 e que, de acordo com seus advogados, sofria de graves problemas psicológicos.

Morva foi declarado morto às 21h15 (hora local), após receber uma injeção letal no Centro Correcional de Greensville, município de Jarratt, segundo afirmou o Departamento de Correções de Virgínia (Vadoc).

O réu rejeitou seu direito de pronunciar algumas últimas palavras e segundo o Vadoc, morreu “sem complicações”.

Em 2006, Morva estava preso aguardando julgamento, acusado de roubo e posse ilegal de armas.

Três dias antes do início do julgamento, ele foi transferido para um hospital, com alguns ferimentos na perna e braço.

Já no hospital, Morva, com um objeto metálico, feriu um policial, roubou sua arma e fugiu.

Durante a fuga, ele assassinou Derrick McFarland, um segurança da unidade de saúde, e no dia seguinte, matou também a tiros o policial, Eric Sutphin, que participava da busca pelo criminoso.

Ele foi preso no mesmo dia por policiais que o encontraram deitado em uma vala.

Os advogados de Morva argumentaram que seu cliente sofria de psicose paranoica, uma doença que o impediu de discernir entre realidade e delírios durante os seus crimes, por isso solicitaram aos tribunais a suspensão da execução.

No entanto, durante o julgamento ocorrido em 2008, vários especialistas determinaram que Morva sofria de transtornos de personalidade, mais leve do que a psicose paranoica alegada por seus advogados.

O governador da Virgínia, Terry McAuliffe, contrário a pena de morte e com poder para comutar as sentenças capitais, optou por não intervir na situação de Morva, por considerar que seu julgamento foi “adequado”, mesmo confessando não ter conseguido dormir na noite anterior por conta da execução.

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