Putin autoriza “operação militar especial” em região separatista da Ucrânia
Em discurso na madrugada desta quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma “operação militar especial” na região de Donbas, no leste da Ucrânia, controlada por separatistas pró-Rússia, que ele declarou independente nesta semana.
“Os confrontos entre forças ucranianas e russas é inevitável, é apenas uma questão de tempo”, declarou o líder russo. “As circunstâncias exigem ação decisiva da Rússia. Não podemos tolerar ameaças da Ucrânia”,
Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
“Nossos planos não são de ocupar a Ucrânia, não planejamos nos impor sobre ninguém”, concluiu o presidente russo.
As equipes de reportagem da CNN nas duas maiores cidades ucranianas, a capital Kiev e Kharkiv, informaram que estão ouvindo “grandes explosões”;
Em declaração, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que “as orações do mundo estão com a Ucrânia, que sofrem com injusto ataque por forças militares russas”.
“A Rússia é responsável pela morte e destruição que esse ataque trará, e os EUA e seus aliados responderão de maneira unida e decisiva”, afirmou Biden.
Ação iminente
O secretário de imprensa do Pentágono dos Estados Unidos, John F. Kirby, declarou, nesta quarta-feira (28), que as tropas russas estão em posição para atacar a Ucrânia.
“O que vemos é que as forças russas continuam a se reunir mais perto da fronteira e se colocam em um estágio avançado de prontidão para realizar uma ação militar na Ucrânia novamente, praticamente a qualquer momento”, disse Kirby. “Eles estão prontos”, reforçou.
Segundo Kirby, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, seria o único culpado pela morte, sofrimento e destruição que uma invasão traria, sendo essa uma “guerra de escolha e totalmente desnecessária”.
Por CNN