Prefeito de Mutum registra BO após ser injuriado no WhatsApp e redes sociais
O prefeito de Mutum, na Zona da Mata, Paulinho do João Camilo (Avante), registrou um boletim de ocorrência no último fim de semana após alegar ser “humilhado, injuriado, caluniado, difamado e importunado” nas redes sociais e em grupos de WhatsApp.
O prefeito diz que foi atacado por um cidadão de 40 anos conhecido como “Paulada”, cobrando uma dívida que, segundo João Camilo, não existe. O boletim de ocorrência foi registrado na manhã de domingo, e o chefe do Executivo da cidade divulgou uma nota ontem sobre o caso.
“Visando resguardar o meu nome e a minha boa índole, fiz o boletim de ocorrência. Medidas já estão sendo tomadas para que ele responda pelos seus atos tanto na esfera criminal como na cível”, diz a nota assinada pelo prefeito.
A ocorrência foi registrada como injúria. Segundo o documento, o prefeito alega que o autor da injúria, além das mensagens pela internet, “espalha pela cidade que ele é pau-mandado e ruim de paga”.
A dívida, de R$ 6.000, seria proveniente do aluguel de um som mecânico. O político, entretanto, alega que não contratou nenhum serviço de áudio do autor das ameaças. No quartel da Polícia Militar, local em que a ocorrência foi registrada, o prefeito apresentou algumas mensagens e áudios que demonstravam a cobrança, as ofensas e palavras de baixo calão.
Paulinho afirmou aos policiais que registraram a ocorrência que ele recebe várias ligações por dia no telefone pessoal e que isso lhe causa incômodo e perturbação durante o período do trabalho até a noite, quando já está em casa.
Após a ocorrência, os militares foram até a casa do autor das ameaças, mas não foram atendidos. Momentos depois, o autor ligou para o quartel e questionou o motivo da presença dos militares na residência dele. A corporação, então, voltou ao endereço, mas Paulada se recusou a recebê-los e apresentar a sua versão para o fato.
Em contato com o <CF82>Aparte</CF>, o advogado Higor Procópio, que defende o prefeito no caso, explicou que o autor das injúrias, no dia da eleição do ano passado, “forneceu gratuitamente, a título de doação para o partido, e não para o prefeito, o sistema de som”, o que foi feito “tranquilamente, sem custo, sem nenhum contrato verbal ou por escrito”. “Não se sabe a razão por que esse rapaz se viu frustrado em não ter contrato com a prefeitura e começou a cobrar a dívida e falou que não poderia ficar sem receber. O Paulinho disse que não lhe devia, então ele viralizou alguns áudios”, afirmou.
O advogado disse que as ofensas começaram com maior frequência na semana passada e que o autor tem insinuado pressões políticas ao prefeito.
A coluna não conseguiu entrar em contato com “Paulada”, o suposto autor das ameaças. Por jornal O TEMPO