Manhuaçu e região regridem para a Onda Vermelha do Minas Consciente
Manhuaçu regrediu para a Onda Vermelha do Programa Minas Consciente.
Dezessete dias após as eleições municipais, o município retorna para a Onda Vermelha do Programa Minas Consciente, a mais rígida do Programa Minas Consciente, com autorização apenas para o funcionamento de serviços essenciais.
Um dos principais motivos é a identificação de uma alta de 27% no índice de contaminação da covid-19 na última semana.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, as movimentações intensas, o surgimento de grandes filas e a lotação da agência bancária, vêm causando sérios problemas aos manhuaçuenses. As filas não chamam atenção apenas por serem longas, mas também por não respeitar o distanciamento social e causar aglomerações.
O problema é consequência do aumento do número de beneficiários do auxílio emergencial. Mesmo com as instituições financeiras sendo obrigadas a se adequar aos protocolos de distanciamento social, esse tem sido um problema recorrente.
O atraso e a demora nos serviços prestados faz com que os usuários fiquem horas aguardando atendimento. As filas que se formam na porta do banco não contam com nenhuma organização, dobra o quarteirão e não existe distanciamento.
Os comerciantes em sua maioria considerados de serviço “não essenciais” tentam ajudar sempre dando água e permitindo o uso de banheiro. Mesmo sendo prejudicados com a ocupação da frente das lojas e tendo que recolher o lixo deixado nas calçadas, os comerciantes em sua maioria considerados de serviço “não essenciais” comentam que é impossível não se comover com a situação das pessoas na fila. Deixar essas pessoas na rua sem um mínimo de cuidado chega a ser desumano. Esse tipo de “serviço essencial” é fundamental para a população, tem que ser feito, mas precisa ser de forma organizada.
Se as partes envolvidas trabalhassem juntas, ficaria fácil resolver os problemas. É preciso a atuação do poder público para ajudar na organização, traçar estratégias e reforçar as medidas de segurança. E para isso precisam reunir a Prefeitura, a Câmara, o Ministério Público, a Polícia e o Banco.
O banco deveria disponibilizar um funcionário para controlar o fluxo, organizar a fila e prestar suporte aos usuários. Os funcionários da Prefeitura precisam ajudar na organização dessas filas, juntamente com funcionários do banco, controlar a distribuição de senhas, o fluxo, fiscalizarem os cidadãos no cumprimento das medidas sanitárias, de distanciamento e uso obrigatório de máscara bem como evitar o dano patrimonial de terceiros. É preciso disponibilizar água, lixeiras, colocar tendas, cadeiras, banheiros, manter a limpeza pública, para que as coisas aconteçam de forma organizada. É preciso haver uma união para isso.
Mas agora parece que tudo está prestes a ser resolvido! Os comércios dos serviços considerados “não essenciais” serão fechados novamente!
Por Aloísio Moreira