Dados apontam que submarino desaparecido tem oxigênio até às 14h30 desta quinta-feira, diz Guarda Costeira

Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (20), a Guarda Costeira dos Estados Unidos atualizou a situação de busca pelo submarino desaparecido com cinco pessoas a bordo. Funcionários estimam que há “cerca de 40 a 41 horas de ar respirável” no submersível – o que duraria aproximadamente até o início da manhã de quinta-feira (22).

A embarcação perdeu contato 1 hora e 45 minutos após o mergulho, no domingo (18), para ver os destroços do Titanic, informou a Guarda Costeira dos EUA. Naquele momento, as autoridades estimaram que ele tinha cerca de 96 horas de suporte de vida.

“Sabemos que restam cerca de 40 a 41 horas de ar respirável com base no relatório inicial”, disse o capitão Jamie Frederick, do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, em entrevista coletiva nesta terça.

A Guarda Costeira está trabalhando “24 horas por dia” para tentar encontrar o submersível. Frederick disse que se trata de uma “busca complexa” que requer equipamento especializado.

A busca está acontecendo a cerca de 1.400 quilômetros da costa de Cape Cod. A Guarda Costeira informou, em um tweet, que 10.000 milhas quadradas foram revistadas até agora. O número corresponde a cerca de 26 mil quilômetros quadrados, o equivalente à área do estado de Alagoas.

Aeronaves e outros equipamentos procuram o submersível na superfície e debaixo d’água.

Até agora, os “esforços de busca da Guarda Costeira e seus parceiros não produziram nenhum resultado” na busca pelo submersível desaparecido, segundo o capitão Jamie Frederick.

Ele explicou que a Guarda Costeira não tem todo o conhecimento e equipamento de que precisa, e por isso está atuando com ajuda de outras agências e países, incluindo a Marinha dos Estados Unidos e as Forças Armadas do Canadá.

“O comando unificado reúne esse conhecimento e capacidade adicional para maximizar o esforço na solução deste problema muito complexo”, disse ele.

Na terça-feira, a embarcação Deep Energy, uma embarcação de lançamento de dutos de 194 metros com capacidades subaquáticas, chegou ao local e se encontrou com o Polar Prince, a embarcação de onde o submersível foi lançado para iniciar o mergulho em sua última posição conhecida.

Outras embarcações estão a caminho para se juntar ao esforço, incluindo algumas embarcações privadas que estão “fazendo os preparativos” para ajudar na busca “muito complexa”.

Espera-se que o navio canadense John Cabot chegue esta noite, junto de outros navios da Guarda Costeira canadense.

O comando supervisor de salvamento e mergulho da Marinha dos EUA está trabalhando com o Comando de Transporte dos EUA para trazer recursos adicionais, disse Frederick. Os navios serão estacionados em St. John’s, no Canadá, disse Frederick.

O que sabemos sobre o submarino “Titan”

O submersível desaparecido pertence à operadora de turismo OceanGate Expeditions, e levava os tripulantes para ver os destroços do Titanic, na costa de St John’s, Newfoundland, no Canadá.

A expedição começou com uma jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio, que fica a cerca de 1.448 quilômetros da costa de Cape Cod, Massachusetts, nos EUA.

O submersível começou sua descida no domingo (18) de manhã, mas perdeu contato com a tripulação do Polar Prince, o navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida, segundo autoridades.

O submersível, chamado “Titan”, pesa cerca de 10 toneladas e é feito de fibra de carbono e titânio, de acordo com a operadora de turismo OceanGate Expeditions. A embarcação de cerca de 6 metros tem suporte de vida por até 96 horas, segundo o site OceanGate.

Um deles é Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate, empresa que lidera a viagem. Além dele, estão a bordo o empresário britânico Hamish Harding, o bilionário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman Dawood e o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet.

O custo de ingressar na expedição de oito dias é “a partir de US$ 250.000” (equivalentes a R$ 1,194 milhão), segundo a operadora.

*Publicado por Fernanda Pinotti / CNN

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