Criança é encontrada morta ao lado de mãe desmaiada e remédios
A Polícia Civil vai investigar o caso de uma criança de dois anos que foi encontrada morta dentro de casa, em Brasilândia de Minas, no Noroeste do estado, nesta quinta-feira (27). A menina, que tinha deficiência física e mental, foi encontrada perto da mãe dela, de 36 anos, que estava desacordada. No local havia ainda várias caixas de remédios. Segundo a família, a mulher sofre de depressão.
De acordo a Polícia Militar, o marido da mulher, de 39 anos, acionou os militares. Ele contou que havia chega do trabalho quando notou que a esposa e a filha estavam desacordadas no quarto. Ele precisou quebrar a janela do cômodo para entrar na casa, já que a porta estava trancada.
Uma ambulância do município foi acionada pelo o homem. No local, os médicos constataram que a criança estava em óbito e já em rigidez cadavérica. À polícia, ele relatou que trabalha de meia-noite às 8h e que tinha conversado com a companheira na noite de quarta-feira (26), mas não notou nenhuma reação incomum.
Ainda conforme a PM, a mulher estava desacordada, com secreção no nariz e tinha urinado. Os médicos disseram que ela aparentava ter ingerido vários remédios. Ela foi levada a um hospital de Brasilândia de Minas, mas precisou ser socorrida para Patos de Minas, no Alto Paranaíba.
De acordo com o boletim de ocorrência, havia caixas de remédio jogadas pela cama, em um colchão e também em uma estante no quarto. Um estetoscópio também foi encontrado no quarto, próximo onde as vítimas estavam.
A mãe do homem, uma idosa, também estava na residência, mas disse que estava dormindo e que não ouviu nenhum barulho.
A irmã da mulher contou aos militares que ela sofria de depressão por causa da dificuldade de cuidar da criança que exigia algumas necessidades especiais. Na versão da irmã, a mãe da menina, dizia que “não estava aguentando mais”. A familiar relatou que a irmã era uma boa mãe e que a filha era a vida dela. E afirmou que não acredita que a mãe tenha matado a criança.
O corpo da criança foi encaminhado para a perícia da Polícia Civil. O delegado Douglas Magela disse que as causas para a morte da criança ainda são investigadas. No entanto, ele afirmou que no exame necroscópico não foi encontrado qualquer evidência de violência ou de ingestão de medicamentos.
“A criança foi submetida a exame necroscópico ontem, não restando evidenciado qualquer tipo, qualquer sinal de lesão corporal na criança, ou sinal que indicasse que ela tenha sido asfixiada, muito pelo contrário, o exame macroscópico indica que tratava-se de uma criança muito bem nutrida, muito bem cuidada. Não foi encontrado, também, qualquer elemento que comprove ou indique que a criança tenha ingerido qualquer tipo de comprimido antes de sua morte. Não havia no estomago dela qualquer tipo ou resquício de comprimido”, contou o delegado.
“É importante ressaltar que casos dessa natureza é preciso muita cautela, muito cuidado antes de impor qualquer tipo de condenação ou acusação às pessoas envolvidas nesse cenário. A Polícia Civil segue na investigação criminal, aguardaremos o laudo toxicológico que será encaminhado para Belo Horizonte e em breve teremos mais notícias sobre o caso”, finalizou o delegado em vídeo enviado à imprensa.