Cinco sinais de problemas sexuais no relacionamento
Estresse, dificuldades financeiras, uso de drogas, excesso de peso, depressão, transtornos hormonais, as pressões do dia a dia por si só, ou o tédio da rotina. Esses são apenas alguns entre os fatores que podem contribuir para a falta de sexo no relacionamento. São problemas que precisam ser considerados e reconhecidos o quanto antes, para o próprio bem-estar do casal. E isso independe da fase da vida. São questões que também podem acontecer entre os jovens.
Tudo isso parte da premissa de que o ato sexual é um quesito importante para a saúde da parceria afetiva. De fato, o sexo conecta e constrói a intimidade entre os pares, para que possam vivenciar situações de prazer. Ainda assim, segundo a terapeuta sexual Wendy Palo, nem sempre a falta de sexo é um grande problema na relação. Existem casais assexuados que vivem muito bem sem sexo, outros têm desejo sexual, mas estão passando por um período com menos sexo. Se, no âmbito geral, a relação vai bem, têm carinho, respeito e afeto, isso não precisa ser motivo de aborrecimento.
Existem diversas estratégias para ajustar os ponteiros, explica a especialista. Conforme Wendy, aspectos em específico podem sinalizar desequilíbrios, como se existe dor ou incômodo que possam levar à frustração nas parcerias ou em um dos parceiros, e se está faltando o resto, que é tão ou mais importante que o sexo.
Para edificar uma relação madura, saudável e feliz, é preciso estar bem consigo, com seu desejo e autoestima – e o caminho passa pelo autoconhecimento, a fim de entender limites, inseguranças, se libertar de padrões sociais pré-estabelecidos e buscar o que faz sentido de verdade para cada um nas características que formam a sexualidade, um perfil individual e variável. Antes de deixar que o relacionamento chegue a um nível crítico, estar atento aos sinais de desarmonia é fundamental para evitar reveses mais sérios.
Dialoguem!
Muitas das questões sexuais que estão em desequilíbrio podem ser solucionadas com uma boa conversa. É natural imaginar o que o companheiro está pensando ou experimentando, mas, se isso não for exposto claramente, é um passo para desentendimentos e brigas desnecessárias. Afinal, o ser humano ainda não aprendeu a ler a mente. O diálogo é o caminho para que o casal tenha esclarecido o que que está ou não funcionando no relacionamento.
Sem prioridade para os momentos íntimos
Vivências negativas no passado, frustrações, cobranças excessivas – são algumas situações que podem causar uma sensação de medo antes do início da relação sexual. Quando um dos parceiros tem outras prioridades que não se tratam da vida sexual do casal, é hora de prestar atenção. A disposição para o sexo pode não ser constante, mas fica o alerta se acontecer do desejo sexual diminuir muito. É fundamental investigar o que pode estar acontecendo quando as desculpas para fugir da intimidade são recorrentes. Parece bobagem dizer, mas o beijo também é um contato íntimo e não deve ser economizado nem deixado somente para datas especiais.
Falta de concentração
Perder a concentração na hora do sexo pode ser um reflexo de uma rotina atribulada, quando trabalho, estudo, filhos, contas para pagar, e muito mais, são questões levadas para a cama. Preocupações e pensamentos aleatórios podem atrapalhar na excitação e limitar o prosseguimento do ato sexual, muitas vezes até levando à frustração do casal. Fingir orgasmo para finalizar logo o sexo, por exemplo, o que é mais comum do que se pensa entre as mulheres, não é bom para a saúde da relação.
Distúrbios sexuais
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que 30% dos homens no Brasil convivem com a disfunção erétil. E, de acordo com pesquisa do Mosaico Brasil, 35% das brasileiras adultas sofrem algum tipo de disfunção sexual. Problemas que atrapalham na hora H não são tão raros assim. E, ainda mais, existem outros vários distúrbios, como ejaculação precoce ou tardia, anorgasmia, dispareunia, citando apenas alguns. Não apenas causas fisiológicas, são condições muitas vezes ligadas a fatores emocionais e psicológicos.
Disfunção erétil: pode ser sinal de uma doença física ou psicológica. Ela pode causar estresse, tensão no relacionamento e baixa autoconfiança. O principal sintoma é a incapacidade de um homem de ter ou manter uma ereção firme o suficiente para a relação sexual.
Anorgasmia: o transtorno do orgasmo feminino, ou anorgasmia, é o nome dado a mulheres que têm dificuldade de atingir o ápice durante a relação sexual ou o sentem de forma diminuída. A definição inclui: ausência, demora em atingir o orgasmo ou diminuição da intensidade, apesar do desejo e da excitação com estímulos adequados.
Ejaculação precoce ou tardia: ejaculação precoce define o orgasmo e emissão de sêmen que ocorrem um pouco antes ou logo após o início da relação sexual, em menos de dois minutos depois da penetração, e nem sempre é sintoma de uma doença. Algumas causas comuns incluem a variação individual e inexperiência sexual.
Já a ejaculação retardada acontece quando o homem precisa de mais de 30 minutos para atingir o orgasmo e a ejaculação. Quando o homem apresenta essa disfunção, é comum que ele só consiga ejacular com estímulos manuais ou orais. Ainda têm homens que a ejaculação demora só em certas situações.
Dispaurenia: a dispareunia é definida como uma dor genital que ocorre durante a relação sexual. Ela pode afetar ambos os sexos, porém é mais comum entre a população feminina. O transtorno afeta a qualidade de vida da mulher, o relacionamento com o parceiro e até a realização de exames ginecológicos.
Relações sexuais dolorosas podem não ser causadas por doenças subjacentes. Algumas causas comuns são lubrificação inadequada, sexo bruto, trauma físico ou sentimentos negativos sobre o parceiro.
Cobrança demais
Cobrar, criticar, ainda mais quando não faz sentido, também afeta a saúde do sexo. Nada mais brochante que ser depreciado – pior se não houver razão. A boa parceria parte do entendimento e compreensão entre o casal. Exigências excessivas podem afetar a autoestima do companheiro, distanciar os dois e esfriar a relação. Novamante, conversar é a melhor opção. Ter colocados na mesa inseguranças e sentimentos que possam ocasionar problemas sexuais e de convivência, em um espectro mais amplo, é imprescindível.
E agora? Reconheça o problema e procure ajuda! Você não está sozinho!