Marqueteiro de Temer tem direito à sala com vista no Planalto

Mesmo sem ser servidor público, Elsinho Mouco, marqueteiro responsável pelos programas partidários do PMDB e homem de confiança do presidente Michel Temer, ocupa uma das salas mais privilegiadas do Palácio do Planalto, com direito até a vista para a Praça dos Três Poderes.
A informação é do blog do Camarotti, do portal G1, que destaca que Mouco não é servidor do governo. Por esta razão, a presença física do especialista no quarto andar do prédio estaria provocando desconforto entre os outros assessores do político.
O marqueteiro teria sido contratado em agosto para a função de diretor de conteúdo, por intermédio da agência de publicidade Isobar.
O objetivo era que Elsinho Mouco substituísse Daniel Braga no comando da estratégia digital do governo Temer. Braga teria sido o responsável por assumir a direção das redes sociais durante a campanha de João Doria à Prefeitura de São Paulo, no ano passado.
Em um momento de desaprovação recorde do governo Temer – com apenas 3% de avaliações como “ótimo” ou “bom” na última pesquisa do Ibope, solicitada pela CNI – a presença do marqueteiro nas instalações do Planalto teriam aumentado os conflitos internos sobre os rumos da comunicação do atual governo. Ouvido pelo Blog do Camarotti, Mouco teria afirmado que o setor de comunicação digital tem sala no Palácio de Planalto desde que Daniel Braga, seu antecessor, era responsável pelo “atendimento da conta”.
“Tem vários terceirizados da área da limpeza, segurança, serviço de manutenção de ar condicionado. Todo mundo precisa ter uma estrutura. Preciso fazer vários posts [nas redes sociais] por dia. Preciso estar próximo do presidente”, disse Mouco, quando questionado pelo colunista sobre a sua presença no prédio, apesar de não ser servidor. “Quando chegamos, em 1º de agosto desse ano, a equipe de redes sociais ficava no 3º andar, a 30 metros do presidente. Nós que sugerimos a mudança”.
O marqueteiro ainda teria defendido o seu contrato através da agência Isobar para prestar serviços ao governo do Michel Temer, com direito à alfinetada indireta ao marqueteiro dos governos de Dilma e Lula (João Santana, condenado na Lava Jato). “Tenho contrato porque preciso. Outros marqueteiros não precisavam porque tinham contratos na Venezuela, na República Dominicana e outros países”.

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